Bombeiros arregaçam as mangas e entram na guerra para exterminar Aedes aegypti
Publicado
emÁdamo Araújo
O combate a focos de larvas do mosquito Aedes aegypti em áreas públicas de Brasília ganhou nesta semana o reforço do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, que já realiza um trabalho informativo.
Na quarta-feira, 30 militares inspecionaram lugares em que há pontos de água parada, como a Piscina de Ondas do Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, a Fonte Luminosa da Torre de TV e os espelhos d’água do Museu Nacional da República, da Praça do Buriti e do Congresso Nacional.
A força-tarefa começou já na segunda-feira (14). O inseto é transmissor da dengue, da febre chikungunya e do zika vírus.
Outra frente para combater o vetor dessas doenças ocorreu no Autódromo Internacional Nelson Piquet, na semana passada, de onde foram retirados 40 mil pneus. Internos da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso, em processo de reinserção social, participaram da ação.
Aumento do efetivo – A partir de segunda-feira (21), mais 40 bombeiros serão integrados aos trabalhos. De acordo com a equipe de coordenação, em janeiro de 2016, cerca de cem estarão alocados para essa finalidade. Áreas públicas de Sobradinho II também recebem a ação dos bombeiros. As próximas regiões administrativas serão Gama e Planaltina.
Ontem, os militares aplicaram larvicida, composto para matar a larva do mosquito, em diversos pontos do Plano Piloto. Na Piscina de Ondas, o produto foi colocado na água. Nas fontes e nos espelhos d’água, ele não foi necessário devido à existência de peixes e aves.
“Esses animais se alimentam das larvas, então, quando ocorre esse processo natural, não há necessidade de aplicar”, explicou o major Omar Oliveira Guedes Neto, da equipe de coordenação da força-tarefa.
Em lugares onde é possível desempossar a água, como calhas, parte superior de paradas de ônibus e cúpulas de monumentos, são feitos procedimentos como desentupimento, retirada do acúmulo de líquidos, recolhimento de lixo e drenagem. Para essas ações, os bombeiros contam com a colaboração da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e do Serviço de Limpeza Urbana (SLU).
Ação contínua – Durante todo o ano, agentes da Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde, da Secretaria de Saúde, combatem focos do Aedes aegypti em áreas públicas. Segundo o diretor Divino Martins, cerca de 550 servidores revezam-se diariamente na função. “Baseamos nossa atuação nos boletins epidemiológicos e entomológicos da secretaria, por meio dos quais definimos quando, onde e como atuaremos”, informa.
Agência Brasília