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Putin, Xi e a internet

Bordoada na orelha de Trump pode levar homem de volta à Idade da Pedra

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Autor/Imagem:
Antônio Albuquerque - Foto Reprodução/X

O rumpismo tem o cheiro do populismo. Ideologicamente, é de direita, Tem em seu entorno gente da pior espécie política, como os bolsonaristas. A tentativa de assassinato do seu líder Donald Trump, no sábado, 13, pode aumentar ainda mais o carisma do eleitor norte-americano. E consequentemente, levar o homem que muita gente considera um brutamontes, de volta à Casa Branca. SE se o cenário de um conflito armando mundial é ruim com o titubeante Joe Biden, pior sem ele.

Petulante, Trump, se voltar à presidência dos Estados Unidos este ano, vai tentar resgatar o império que desmorona. Qual seria o futuro da humanidade diante de uma guerra que deixa de ser fria, para transformar-se em tiro real? Como responderiam seus homólogos Vladimir Putin, da Rússia, e Xi Jiping, da China? Analistas avaliam que antes mesmo de a primeira bomba nuclear explodir, haverá a guerra eletrônica. Como consequência, o Ocidente ficará sem internet. E o homem, em termos de comunicação, voltará à Idade da Pedra.

A possibilidade de que a China e a Rússia possam cortar a internet do mundo em caso de guerra é uma preocupação discutida por especialistas em segurança cibernética e geopolítica. Essa ideia se baseia no crescente papel que a infraestrutura digital desempenha nas economias e nas forças armadas globais, bem como nas capacidades cibernéticas avançadas que esses países têm demonstrado.

De grande capacidade cibernética, a China tem investido massivamente nesse ramo,, com ações tanto defensivas quanto ofensivas. Pequim possui uma parte significativa da infraestrutura de cabos submarinos que conectam a internet global. Esses cabos são essenciais para a transmissão de dados entre continentes. E num cenário de conflito, interromper a comunicação de adversários pode oferecer uma vantagem tática significativa.

A Rússia, por sua vez, tem um histórico de ciberataques, com Moscou sendo acusada de agir em grande escala,  incluindo interferências em eleições e ataques a infraestruturas críticas. Embora o regime de Putin tenha menos controle direto sobre os cabos submarinos, eles possuem capacidades significativas para realizar ataques cibernéticos direcionados. E a doutrina militar russa reconhece a guerra cibernética como um componente importante dos conflitos modernos.

O quadro que se desenha é simples. Os cabos submarinos são vulneráveis a sabotagens físicas. Embora sejam protegidos e monitorados, ataques coordenados poderiam causar interrupções significativas. Também pode haver ataques de negação de serviços distribuídos (DDoS), sobrecarregando servidores e redes, causando interrupções temporárias e mesmo permanentes no serviço.

A partir desses ataques, alvos específicos, como provedores de serviços de internet (ISPs) e servidores DNS (Domain Name System), poderiam ser comprometidos para causar interrupções amplas. É verdade que a internet foi projetada para ser resiliente, com múltiplas redundâncias e rotas alternativas. No entanto, ataques coordenados e sofisticados poderiam ainda assim causar interrupções significativas.

Países ao redor do mundo estão investindo em suas defesas cibernéticas para proteger infraestruturas críticas e melhorar a capacidade de resposta a ataques. Nsse sentido há inclusive cooperação internacional entre países e organizações internacionais, tida como crucial para compartilhar informações e estratégias de defesa contra ameaças cibernéticas.

Em síntese, a bordoada que fez sangrar a orelha de Trump pode resvalar para outros órgãos. Embora a ideia de que a China e a Rússia possam cortar a internet global seja alarmante, é importante considerar a complexidade e a resiliência da infraestrutura da internet. As defesas cibernéticas e a cooperação internacional são essenciais para mitigar esses riscos e garantir a continuidade dos serviços digitais mesmo em cenários de conflito. Mas se Trump desejar espalhar sua dor, será um Deus nos acuda.

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