A bolsa paulista fechou o último pregão de 2014 em queda de 1,16% e amargou a segunda desvalorização anual consecutiva, em um cenário de fraqueza econômica e preocupação de investidores com os fundamentos do País.
Para 2015, as estimativas são de mais um ano difícil para o mercado acionário local, com especialistas atrelando qualquer melhora mais consistente da bolsa à implementação de reformas pela equipe econômica do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.
Nesta terça-feira, o Ibovespa recuou 1,16%, a 50.007 pontos, com volume financeiro de R$ 4,5 bilhões. Em dezembro, acumulou desvalorização de 8,62%, fechando o quarto trimestre com declínio de 7,6%.
No ano, o principal índice de ações brasileiras recuou 2,91%, após o tombo de 15,5% em 2013. Em dólar, o Ibovespa acumulou perda de 13,7%.
“O mercado está terminando 2014 cansado, com um quadro ruim da economia”, resumiu o gestor Joaquim Kokudai, da Effectus Investimentos.
Nem mesmo o forte ingresso de capital externo foi suficiente para impedir a queda anual da bolsa. No ano até 26 de dezembro, dado mais recente disponível, o fluxo de estrangeiros no mercado à vista estava positivo em quase R$ 20 bilhões.