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Herança do PT

Brasil abre olho e Fundo Amazônia vai pro brejo

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Bartô Granja

O Fundo Amazônia – um monstro bilionário de sete cabeças que abocanha tudo que vê pela frente, inclusive as árvores que deveria ajudar a preservar – está fazendo água.

O governo alemão (que patrocina os euros em parceria com a Noruega) decidiu reter a remessa de uma parcela correspondente a 155 milhões de reais.

O argumento é o de que o governo brasileiro não estaria desenvolvendo as ações acertadas para preservar o meio ambiente. O Fundo foi criado no governo Lula e prevê doações de 5 bilhões de reais.

Duas coisas soaram estranhas ultimamente do lado brasileiro: 1) essa grana toda não vem de graça. Como contra-partida, empresas alemães e norueguesas instaladas na região ficam isentas de impostos por uma infinidade de anos; 2) prefeituras do PT no sertão nordestino também recebem dinheiro do Fundo. Para quê? Preservar os cactos?

Na Esplanada dos Ministérios já se fala em enterrar o Fundo de uma vez por todas. É o que admite o próprio ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente. Em reunião com os embaixadores daqueles dois países, foi dito que o Brasil não aceita ingerência interna em sua política ambiental.

A crise ocorre no momento em que o desmatamento na região, que tem ONGs bancadas por euros e dólares, além de reais dados pelo Brasil, avança em toda a Amazônia. Para deixar o quadro mais negro, o governo Bolsonaro tem sido alvo de ataques de ambientalistas europeus.

Todo esse imbróglio pode provocar um curto-circuito no assinado acordo Mercosul-União Europeia. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, entrou na briga. Diz ela, por exemplo, que “infração ambiental não pode ser usada como barreira” nas negociações comerciais.

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