Brasileiros e uruguaios estão se dedicando a uma pesquisa inédita: analisar o genoma dos casos de coronavírus na fronteira entre os dois países.
O objetivo é entender como o vírus se comporta na região — afinal, apesar das demarcações territoriais, “não existe fronteira biológica”.
O trabalho começou em junho do ano passado. Reunidos no “Grupo Fronteira”, biólogos, virologistas, bioinformatas, bioquímicos e imunologistas analisam as amostras de registros positivos de covid-19 em Rivera, ao lado de Santana do Livramento, e em Rocha, em frente ao Chuí, no Rio Grande do Sul.
O entendimento dos cientistas é que, devido à forte integração dos moradores na área de fronteira, torna-se natural que o que ocorra no sul do Brasil seja replicado no território uruguaio.
Essa movimentação do vírus acaba sendo motivo de preocupação; casos parecidos já ocorreram em nações vizinhas, como a Colômbia e o Peru, por exemplo.