Militar experiente, conhecedor das terras tupiniquins e além-fronteiras, o general Paulo Chagas, dono de uma respeitada bagagem política, usou de metáforas nesta terça, 7, para lembrar, por meio de uma história contada nos quartéis, que os interesses do Brasil e do nosso povo estão acima do presidente da República, de aparentados e de amigos.
Embora não cite os nomes de Jair Bosonaro, dos filhos Carlos, Flávio e Eduardo, ou mesmo do guru palaciano Olavo de Carvalho, Paulo Chagas, ao postar a historinha nas redes sociais, deixa claro que a farda não deve ser desonrada (uma suposta resposta aos ataques do ‘filósofo’ Olavo aos generais) e que a honra das pessoas de bem está acima de qualquer suspeita.
Lei a seguir o ‘causo’ lembrado pelo general Paulo Chagas, e a sua conclusão:
Contam os contadores de “causos” que um Comandante deixou de levar adiante uma investigação sobre o comportamento pessoal de um Oficial porque conhecia e admirava o pai daquele seu subordinado e julgou que, se levasse adiante o processo, já conhecendo os indícios da conclusão, poderia causar-lhe a morte pela decepção com o filho.
Passados mais alguns anos, aquele militar, cujo comportamento não havia mudado, acabou sendo demitido por desonrar a farda.
Um velho e experimentado soldado, contemporâneo e muito mais amigo do pai do militar em questão, ao tomar conhecimento de que o problema poderia ter sido resolvido há mais tempo e da razão alegada para não dar continuidade à sindicância e, desta forma, colocar fim à ameaça de desonra à instituição, perguntou: “O que é mais importante, o risco de morte do pai ou a honra militar?”
Conclusão:
No exercício de Função de Estado, diante do interesse da Pátria, o Brasil está acima de tudo e de todos, sejam eles quem forem, pais, filhos ou amigos.