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Brasil está vivendo ‘guerra diplomática’ com a Venezuela

Foto: Beto Barata/PR

O presidente Michel Temer disse, em entrevista à Rádio Guaíba nesta sexta-feira, 9, que o País está “em um embate diplomático com a Venezuela” e que as ações de seu governo são “diplomáticas”, mas também “contestadoras” em relação ao que ocorre no país vizinho. Temer disse que seu governo “discorda da forma como as coisas caminham lá (na Venezuela), que geram os refugiados”.

Depois de citar que os ministros da Justiça, da Defesa e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) estiveram nesta quinta-feira, 8, em Roraima para verificar, de perto, a situação dos venezuelanos no Estado, Temer afirmou que seu governo está buscando ajudar os refugiados e já editou decreto concedendo identidade provisória para essas pessoas, como forma de identificá-las. “Há uma preocupação permanente com os refugiados venezuelanos no Brasil”, afirmou o presidente, sem citar ações que o governo federal vai desenvolver, embora tenha informado que já foram repassados recursos para ajudar Roraima.

Nesta quinta, na visita ao Estado, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que, a partir de meados de março, o governo federal pretende começar a distribuir o primeiro grupo de mil venezuelanos que chegou a Roraima em pelo menos quatro Estados: São Paulo, Paraná, Amazonas e Mato Grosso do Sul. Jungmann esteve em Boa Vista, ao lado dos ministros Torquato Jardim e Sérgio Etchegoyen, para avaliar a “dramática” situação do Estado com a chegada dos venezuelanos.

O ministro reconhece que eles precisam de apoio, já que muitos estão acampados nas ruas da capital roraimense, causando um grande transtorno para todos. Um censo também será realizado para que se tenha ideia do número exato de venezuelanos que entraram e estão entrando no País.

Hoje, os números são conflitantes, mas giram entre 30 mil e 40 mil. Por dia, passam pela fronteira do Brasil cerca de 700 venezuelanos em busca de melhores condições de vida, depois que o país governado por Nicolás Maduro se aprofundou em grave crise econômica, política e social.

Segundo Jungmann, um plano de ação de governo será posto em prática já nos próximos meses. Esse plano prevê o fortalecimento do ordenamento da fronteira, com ampliação do número de militares nos pelotões de Roraima e reforço de pessoal em todas as agências governamentais.

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