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Brasil foi ‘para o espaço’ e perdeu corrida à Lua

Agora que o mundo comemora os 50 anos do pouso do homem na lua, é importante relembrar e lamentar o tratamento inescrupuloso dispensado ao Programa Espacial Brasileiro pelos governantes que sucederam os militares após a “redemocratização”.

O Brasil sofreu a ação nefasta de governos corruptos que desviaram, para si e para outros países, os recursos de programas que certamente incluiriam o País no rol das potências mundiais.

Fruto dessa política antipatriota e revanchista, por tratar-se de programas elaborados nos governos militares; do assalto aos cofres públicos; da falta de interesse das autoridades constituídas; e dos sucessivos cortes no orçamento, foram destruídos, além do espacial, outros programas estratégicos que envolviam a segurança nacional, como o enriquecimento de urânio; a implosão, em 1990, das perfurações de Cachimbo destinadas a selar rejeitos de origem nuclear, por meio do processo de vitrificação sob a rocha, devido à decisão do então presidente Fernando Collor de Mello de demonstrar ao mundo que o Brasil não estava interessado em construir bombas atômicas; o desenvolvimento do submarino nuclear e a construção da usina nuclear Angra-3.

A escassez de recursos custou não apenas a perda de tecnologia, mas de vidas preciosas.

Na primeira tentativa de lançamento do VLS, por falta de recursos, não foi adquirida a quantidade necessária de ignitores para o teste de confiabilidade, por possuir esse acessório um suposto insignificante índice de falhas. Esqueceram-se da lei de um engenheiro aeroespacial, Edward Aloysius Murphy, que diz: “se algo pode dar errado, dará”.

O ignitor de um dos quatro propulsores não funcionou, o foguete inclinou-se logo após o lançamento e teve que ser destruído no ar. Em 1999, o segundo voo também foi vítima de uma falha no sistema pirotécnico no 2º estágio, que explodiu, havendo a necessidade de autodestruição por telecomando.

Em 2003, a pá de cal do programa VLS: uma explosão prematura, ainda no solo, três dias antes do seu lançamento, provocou a morte de 21 técnicos que estavam na plataforma.

Os ladrões, traidores da Pátria, tornavam-se também assassinos!

Para jogar uma nuvem de fumaça, o Presidente Lula adotou a medida imoral de “premiar” as famílias das vítimas com uma propina de 100 mil reais, incluindo, na Medida Provisória editada, um “jabuti” que morreu quando fazia a segurança pessoal do seu filho em Santo André.

Esse valor era até pequeno para aquelas mães, esposas e filhos dos técnicos de Alcântara. Contudo, porque não estender aos milhares ou milhões de trabalhadores que morreram em acidentes da serviço?

Para dar uma dimensão à devastação proporcionada pelos governos de esquerda, não somente na Ciência e Tecnologia, mas na economia brasileira como um todo, basta fazer um paralelo nas evoluções do Brasil e da China no campo aeroespacial.

Em 1988, o Brasil, 8ª economia mundial com um PIB de 229 bilhões de dólares, assinou acordo de cooperação para o desenvolvimento do projeto China-Brazil Earth-Resources Satellite (CBERS) com a China, 10ª economia com um PIB significativamente menor, de 178 bilhões de dólares.

Hoje, a China se tornou o terceiro país a pousar uma sonda na Lua e o primeiro a fazer isso no seu lado oculto. Além disso, uma espaçonave tripulada chinesa atracou com sucesso em um módulo experimental espacial, em mais um marco no ambicioso projeto da China de construir uma estação espacial.

Enquanto isso, estamos arrendando instalações da base de lançamento de Alcântara, a mais estrategicamente posicionada no mundo, por ociosidade de suas instalações.

Segundo a Focus Economics, os maiores economistas mundiais apresentam a previsão para 2019 de que o Brasil continuará como a 8ª economia mundial, com um PIB de 2,6 trilhões de dólares, enquanto a China será a 2ª maior economia, com um PIB de 12,3 trilhões de dólares, devendo ultrapassar os Estados Unidos em 2028. Quem viver verá.

No dia do primeiro pouso do homem na lua, nenhum destaque foi dado ao único astronauta brasileiro, talvez por ele ser ministro do Bolsonaro.

País sem heróis é país sem história. O pesadelo comunista destruiu o sonho espacial do Brasil.

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