O Brasil importou energia da Argentina na terça 20 para contribuir no atendimento do Sistema Interligado Nacional. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), foram importados 165 megawatts (MW), o que corresponde a 0,22% da carga verificada durante o dia (74.094 MW). Segundo a assessoria do ONS, trata-se de um procedimento “normal e corriqueiro”.
O acordo entre o ONS e a Compania Administradora del Mercado Mayorista Eletrico (Cammesa), da Argentina, foi assinado em janeiro de 2006, para permitir importações de energia entre os dois países em caso de situações especiais. A energia trocada deve ser compensada em função de acerto direto entre os dois operadores. Segundo o ONS, o intercâmbio de energia nos dois sentidos vem sendo adotado em diversos momentos ao longo da vigência do acordo.
O intercâmbio internacional de energia da Argentina para o Brasil foi feito a pedido do ONS e ocorreu das 10h23 às 12h e das 13h às 17h02.
Na última segunda-feira (19), um corte preventivo de energia determinado pelo ONS causou a interrupção no fornecimento de energia em parte das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Segundo o órgão, o problema foi causado por restrições na transferência de energia das regiões Norte e Nordeste para o Sudeste, aliadas à elevação da demanda no horário de pico. O governo anunciou medidas para acrescentar 1,5 mil megawatts ao sistema elétrico do país.
A energia importada deve ser compensada com devolução em igual montante, não havendo transação financeira, destaca o boletim Acompanhamento Mensal dos Intercâmbios Internacionais, de dezembro de 2014, do ONS. Nesse mês, não houve troca de energia entre o Brasil e os países vizinhos Argentina, Paraguai e Uruguai. O crédito emergencial acumulado a favor da Argentina alcançava, até dezembro do ano passado, 9.185,81 megawatts-hora (MWh).