Roberto Godoy
Programa prioritário da Avibrás, a geração 2020 do sistema Astros deve consumir R$ 1,2 bilhão em investimentos. Segundo Sami Hassuani, presidente da empresa, o primeiro lote, será entregue em 2017. Arábia Saudita, Catar, Malásia e Indonésia estão entre os usuários do sistema. Fontes do governo admitem a existência de discussões avançadas envolvendo o fornecimento da configuração 2020 para Angola, Colômbia e Peru. A Avibrás não confirma.
Parte do programa, o míssil de cruzeiro AV-TM faz navegação inteligente. Leva, na ogiva, a carga explosiva de 200 kg. Cada míssil custará cerca de US$ 1,2 milhão. As encomendas iniciais devem envolver um lote de 100 unidades.
A atual versão do AV-TM é resultado de 13 anos de aperfeiçoamento. O desenho é compacto, com asas retráteis. O míssil, subsônico, mede 5,5 m e usa materiais compostos. O motor de aceleração inicial utiliza combustível sólido e só é ativado no lançamento – em seguida, entra em ação a motorização a combustível líquido. A turbina é construída pela Avibrás.
Uma bateria do sistema Astros é composta por seis carretas lançadoras, com suporte de apoio de seis remuniciadoras, um blindado de comando, um carro-radar de tiro, um veículo-estação meteorológica e um de manutenção. O míssil AV-TM é disparado por contêineres duplos.
O fogueteSS-30 atua em salvas de 32 foguetes e o SS-40, de 16; os SS-60 e SS-80 de três em três. O grupo se desloca a 100 km/hora em estrada preparada. Cumprida a missão, deixa o local deslocando-se para outro ponto da ação, antes que possa ser detectado.