Um slogan pífio e um público diminuto marcaram a confirmação do nome de Marina Silva na composição da chapa de Eduardo Campos (PSB) para disputar o Palácio do Planalto. O evento foi em um hotel de Brasília com pouco mais de 500 convidados que receberam os dois sob o grito de “Brasil, não desanima. A solução é Eduardo e Marina”.
Dentro da proposta de “novidade” oferecida pela chapa Campos-Marina, estão presentes artistas, como o pianista Arthur Moreira Lima, que tocou na abertura do evento de lançamento. Haverá também um debate com tom informal – a exemplo das primeiras propagandas televisionadas na nova dupla política.
Com a aliança, Campos quer conseguir transferência de parte dos votos de Marina, que ficou em terceiro lugar na disputa ao Planalto de 2010. Não há sinal, no entanto, de que o apoio, já declarado em outubro do ano passado, venha apresentando tendência de transferência. Marina Silva conseguiu no pleito de quatro anos atrás 19,6 milhões de votos pelo PV. Pesquisas de intenção de voto realizadas pelo Ibobe apontam que Campos tinha 10% da preferência dos eleitores e esse percentual caiu para 7% em março deste ano.
Marina se projeta como alternativa às forças políticas encabeçadas pelo PT (hoje no governo) e o PSDB, que governou o País por dois mandatos. Ao mesmo tempo, Eduardo Campos, que renunciou ao governo de Pernambuco para a disputa nacional, tenta nacionalizar sua imagem, ainda concentrada na Região Nordeste, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, principal cabo eleitoral de Dilma Roussefff à reeleição, também consegue angariar o maior número de votos.