Marcus Castro, Edição
O Brasil poderá ter, nos próximos anos, o primeiro centro de P&D para desenvolver o Hyperloop, “trem” supersônico capaz de alcançar até 1.200 km/h e de realizar o trajeto SP-RJ em menos de 30 minutos. Para discutir a viabilidade do projeto, Guto Ferreira, presidente da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), se reuniu recentemente com Bipbop Gresta, co-Fundador da Hyperloop Transportation Technologies (HTT) e um dos idealizadores do projeto ao lado de Elon Musk, CEO da Tesla.
No encontro, que ocorreu no Brasil, o executivo afirmou ver na ABDI “um parceiro estratégico”. A agência será a responsável por elaborar uma agenda de trabalho conjunta para tornar o plano realidade. Por enquanto, apenas oito países assinaram acordo para receber um centro de estudos e tecnologia do projeto.
Por meio de um tubo de baixa pressão, o Hyperloop funciona com propulsão inicial elétrica de baixo consumo, alimentado por painéis solares. Semelhante a um trem-bala, ele levita graças ao magnetismo, reduzindo a quase zero o atrito.
Segundo a ABDI, apesar da alta tecnologia no investimento, o valor da passagem do Hyperloop poderá ser inferior a de um trem convencional em função da capacidade de transporte em massa e do reduzido custo operacional. “A ABDI considera fundamental para o Brasil encampar esse projeto, que pode revolucionar o transporte de cargas e também de passageiros”, afirmou Ferreira.