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Brasil reúne parceiros para discutir o envelhecimento da população

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O Brasil discute nesta semana com ministros de países dos Brics – grupo de países emergentes integrado pela Rússia, Índia, China e África do Sul – como conter a aceleração do envelhecimento da população, entre outros assuntos. Para o subsecretário da Política de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, Ricardo Paes de Barros, o País não está sabendo construir barreiras para conter o problema, também enfrentado pelos chineses.

“O Brasil está envelhecendo em uma velocidade seis vezes mais rápida do que envelheceu a França. Eu acho que nossa política pública não está adaptada e pronta para lidar com esse problema”, disse Paes de Barros, em entrevista ao Terra. “O envelhecimento é um tsunami que está vindo para cima da gente e não estamos construindo as defesas adequadas”, sustentou.

Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Brasil envelhece a um ritmo acelerado acompanhado de uma redução do crescimento populacional. O temor é que o quadro possa agravar o déficit na Previdência Social, com um número alto de aposentados em comparação com trabalhadores em atividade.

“Você tem que ajustar todo o sistema de reajustes de pensões, porque se você não ajustar esse sistema todo, daqui a pouco ele vai explodir. Você tem que aproveitar mais produtivamente as pessoas e estudar como você vai dar atenção a toda essa população idosa”, disse o especialista em políticas públicas.

Paes de Barros, que ajudou a criar o programa Bolsa Família, defendeu ajustes rápidos nas políticas públicas brasileiras diante de um cenário dinâmico do País. Para ele, o carro-chefe dos governos petistas deve ser ajustado para facilitar a transição dos beneficiários para o mercado formal de trabalho.

Além do envelhecimento da população, o encontro com ministros dos países que integram o Brics vai tratar sobre assuntos como mortalidade materna, aids, urbanização e igualdade de gêneros no mercado de trabalho. A ideia é trocar experiências e criar uma agenda conjunta para um plano de trabalho nos próximos seis anos.

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