As instituições nacionais desceram a um patamar moral e ético tão degradante, que caminhamos a passos largos para fazer jus, de uma só vez, a vários slogans depreciativos de que fomos alvo em determinados momentos da nossa história.
A anarquia que vivemos hoje é digna de ser enquadrada em algumas expressões ditas no passado, em momentos calamitosos que viveu a Nação, e que se ajustam perfeitamente ao quadro atual.
O Brasil está a caminho de voltar a ser uma “República das Bananas”, não no sentido com que a expressão era utilizada originalmente, para qualificar os países tropicais que viviam exclusivamente da produção de bananas para a sua sobrevivência, mas com o significado pejorativo que foi introduzido para essa expressão na esfera política, para fazer referência a países dotados de instituições ineficientes e corruptas e que possuem baixo peso específico no cenário internacional.
Esse é um papel que passamos a desempenhar ao permitir que a Suprema Corte governe o País, legislando ilegalmente e coibindo ações de interesse nacional por parte do Executivo, sempre com objetivos escusos sobejamente conhecidos, de privilegiar o crime e sabotar o governo, sob os olhares atônitos e complacentes dos outros poderes dominados, e sem a reação efetiva de uma sociedade acovardada.
Outro jargão utilizado no passado, cuja carapuça nos cabe perfeitamente é o de que “o Brasil não é um país sério”, atribuído erroneamente ao presidente Charles De Gaulle, por ocasião da “Guerra da Lagosta”, quando, na verdade a afirmação é assumida como sua por um embaixador brasileiro que lá servia na época, referindo-se ao caos nacional, já que no final dos anos 50 e início da década de 60, o Brasil vivia um dos piores momentos de sua história, com um PIB irrisório, um crescimento econômico insignificante, corrupção desenfreada e caminhava célere para o domínio comunista.
Um país sério não pode permitir que o órgão máximo da justiça e guardião da Constituição Federal liberte e conspire para eleger o maior ladrão que o País conheceu, condenado em três instâncias; rotule juízes de bandidos e possua bandidos como juízes; impeça a polícia de enfrentar assassinos e traficantes; dê superpoderes para que governadores e prefeitos se locupletem à custa de vidas humanas; ameace confiscar o celular do Presidente da República; prenda um Deputado que o afronta, ignorando a imunidade parlamentar; julgue sumariamente uma enxurrada de queixas-crime descabidas contra o governo, oriundas de partidos nanicos de esquerda, enquanto joga no lixo da prescrição centenas de processos contra os verdadeiros criminosos do colarinho branco; renegue jurisprudências próprias e julgue o mesmo caso diversas vezes até obter a vitória do criminoso; menospreze o preceito da suspeição para julgar sócios e parentes denunciados por corrupção sem o menor pudor; crie um túnel de emergência no local de trabalho para evitar a indignação popular por suas arbitrariedades; anule a impressão de registro do voto para permitir a fraude eleitoral, sob o argumento de que põe em risco o sigilo e liberdade de eleitor; recuse a auditagem da urna eletrônica para “evitar o caos e a judicialização do resultado”; barre a investigação contra um ministro da Corte sob a alegação da suspeita de que o delator estaria ocultando valores recebidos por meio de propina e corrupção. Tudo isso e muito mais.
Em tempo: hoje assistimos a uma versão nacional da guerra da lagosta: enquanto o povo vive uma verdadeira guerra pela sobrevivência, as santidades de toga se empanturram de lagostas e vinho importado com o nosso dinheiro.
Não há nada de sério num sistema político que abriga no Congresso Nacional mais de uma centena de parlamentares respondendo a processos criminais, protegidos por um foro privilegiado previsto
na Constituição Federal; onde políticos barganham sua impunidade em troca do arquivamento de pedidos de impeachment contra diversos ministros; ignoram requerimento assinado por mais de 3 milhões de eleitores para um pedido de impeachment de Alexandre de Moraes; na calada da noite, como ratos de armazém, sabotam o eleitorado, adulterando o projeto das 10 medidas contra a corrupção, assinado por mais de 1,5 milhão de eleitores e atacando em sentido oposto com uma absurda lei de abuso de autoridade; rasgam a Constituição para salvar os direitos políticos de uma “presidenta” esquerdopata, incompetente e corrupta.
Um terceiro veredito, criado pelo saudoso Nelson Rodrigues, taxava o Brasil como “um país de vira-latas”.
Só o complexo de vira-latas pode explicar uma Nação se deixar dominar por 11 abomináveis ditadores escolhidos por conveniências inconfessáveis, limitando-se a manifestações dominicais que são simplesmente ignoradas pela mídia tradicional e menosprezadas por seus destinatários.
Esse conceito, criado no âmbito do futebol, aplica-se perfeitamente ao momento que vivemos agora, com o País submetido aos desmandos de malfeitores eleitos e togados que conspiram sistematicamente contra os interesses nacionais.
Apesar do analfabetismo político, é inaceitável que o povo possa vir a promover nas urnas, mesmo que fraudáveis, o retorno do sistema de corrupção que destruiu o País.
Em última instância, as Forças Armadas não poderiam aceitar que o raio caia duas vezes no mesmo lugar e ter como Comandante-Supremo uma figura abominável que o mundo rotula como o cidadão mais corrupto do universo, o qual professa doutrina ética e moral diametralmente oposta àquela que praticamos.
Essa CPI da cloroquina, que inicia com um relatório pronto, comandada por dois senadores carimbados pela justiça, atiçados por uma alcateia de 7 hienas famintas de vingança, é apenas outra manobra da quadrilha antipatriota que poderá ser a pá de cal do governo ou o sinal para a guinada que almeja a sociedade, dependendo da intensidade do latido dos vira-latas.