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Brasil sugere que EUA e Europa parem de alimentar a guerra

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva alertou Washington contra instigar ainda mais o conflito na Ucrânia, onde a Rússia continua sua operação militar especial. Lula, que regressa neste domingo (16) ao Brasil, após viagens à China e Emirados Árabes, disse em Abu Dhabi que “os Estados Unidos precisam parar de encorajar a guerra e começar a falar sobre a paz”.

“A União Europeia precisa começar a falar sobre paz para que possamos convencer [o presidente russo Vladimir] Putin e [o homólogo ucraniano Volodymyr] Zelensky de que a paz é do interesse de todos e que a guerra só interessa, por enquanto, a um dos dois”, destacou Lula.

Ele também revelou que durante sua reunião com o presidente chinês Xi Jinping, eles, em particular, discutiram a formação de um grupo de líderes afins para lidar com o conflito na Ucrânia.

“Tenho uma teoria que já defendi com o [presidente francês Emmanuel] Macron, com o [chanceler] Olaf Scholz da Alemanha e com o [presidente dos Estados Unidos Joe] Biden, e em Pequim discuti longamente com Xi Jinping. Precisamos formar um grupo de países dispostos a encontrar uma forma de fazer a paz vingar”, enfatizou Lula.

O presidente brasileiro falou depois que a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, deixou claro que os EUA continuarão dando ajuda militar à Ucrânia. Washington e seus aliados aumentaram sua assistência militar a Kiev logo após a ação russa a pedido de regiões separatistas que se viam vitimas do regime ucraniano.

Moscou alertou repetidamente os países que enviam armas para Kiev que vê seus carregamentos militares como alvos legítimos e que tal ajuda aumentará o prolongamento do conflito na Ucrânia. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, por sua vez, enfatizou que os aliados da Otan armar e treinar as forças ucranianas equivale a um envolvimento direto no impasse.

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