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Mercado aberto

Brasil vende carne para China e evita que vaca vá para o brejo

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Autor/Imagem:
Bartô Granja

Avesso, durante a campanha e logo após a posse, a outros mercados que não o norte-americano e o europeu (além de Israel) o presidente Jair Bolsonaro começa a se acostumar a engolir goela abaixo uma dura realidade da balança comercial: sem antigos parceiros, a vaca vai para o brejo.

Esse alerta ficou claro nesta segunda, 22, com o anúncio pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, de que a peste suína que assola a China pode representar uma oportunidade para o Brasil ampliar seu mercado de carnes. Os chineses são os maiores produtores de carne suína do mundo.

“Com o problema que vem se agravando lá, vemos grande oportunidade de o Brasil ocupar parte desse espaço”, disse a ministra. Uma oferta maior de carne brasileira a Pequim vai contrabalançar a redução na exportação de soja, justamente por conta da peste suína. “Vamos agregar valor. Em vez de vender soja a US$ 500 a tonelada, vamos vender a proteína a US$ 2 mil a tonelada, seja frango, bovino ou suíno”, afirmou Tereza Cristina.

Segundo a ministra, a China deve enviar mais uma missão ao Brasil para inspecionar as unidades produtoras de carnes. No ano passado, chineses já haviam visitado 10 plantas no país. “Eles pediram para levar os relatórios com as novas perguntas, os novos questionamentos. Então, já estamos mandando para discutir lá com eles a abertura das plantas. Estamos levando as informações de outras plantas. Acreditamos que será marcada uma nova visita ao país para fazer vistoria completa e definitiva”, frisou.

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