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Brasil ganha potencial de maior cemitério do mundo de jornalistas assassinados

Jamil Chade

O Brasil continua sendo um dos países mais perigosos para jornalista no mundo. Um levantamento publicado nesta segunda-feira, 14, pela entidade Press Emblem Campaign (PEC), com sede em Genebra, aponta que em 2015 sete jornalistas foram assassinados no País. Com esses números, o Brasil aparece na 7ª colocação entre os locais com a maior quantidade de mortes de jornalistas no mundo no ano.

Em cinco anos, 35 jornalistas foram mortos no Brasil. Liderando a lista está a Síria, onde 86 jornalistas foram assassinados em cinco anos, seguido do Paquistão, com 55 mortes e do Iraque e México, cada um com 46 assassinatos em cinco anos. A Somália teve nesse mesmo período 42 mortos e as Filipinas 34. Com os números, o Brasil supera a situação em Honduras ou Líbia.

Guerra – Para o ano de 2015, o Brasil ainda empatou em número de mortes com o Iêmen e Sudão do Sul, dois países em guerra. Cada um deles registrou sete assassinatos. Matou-se mais jornalistas no Brasil neste ano do que na Somália, Paquistão, Ucrânia e Afeganistão.

Desde janeiro, 128 jornalistas morreram em 31 países. O ano começou com o massacre na redação da revista Charlie Hebdo e com a morte do jornalista japonês, Kenji Goto, na Síria, pelo Estado Islâmico. Metade das mortes ocorreu por atores não-estatais, como grupos terroristas ou organizações criminosas.

Em 2015, o local que viu a maior morte de jornalistas foi a Síria, com onze vítimas. O segundo lugar ficou com Iraque e México, cada um com dez jornalistas assassinados. Oito jornalistas foram mortos na França, Líbia e Filipinas.

O Oriente Médio continua sendo a região mais perigosa para jornalistas, com 38 mortes em 2015. Mas a América Latina fica em segundo lugar, com 31 assassinatos. Em dez anos, 1,1 mil jornalistas foram mortos pelo mundo, uma média de 2,2 por semana.

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