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Presidente acuado

Brasil vive um filme de Closeau contra Metralhas

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Autor/Imagem:
Major-brigadeiro Jaime Sanchez

Se fôssemos produzir uma série sobre o momento político que vive o Brasil, certamente o enredo seria a luta que trava um herói desastrado (nas palavras) contra a maior quadrilha que a humanidade conheceu.

Para maior impacto, o seriado começaria com a bizarra tentativa de assassinato do inspetor Closeau brasileiro por um milionário militante vermelho “paranoico”, onipresente, que realizava ao mesmo tempo uma visita à Câmara dos Deputados (desculpem, não era ele. As câmeras se enganaram) e um ataque tresloucado ao intrépido “mito” que desfilava nos braços do povo, protegido pelo seu brancaleônico aparato de insegurança.

Esse foi apenas o primeiro ato desesperado, que acabou rendendo mais alguns milhões de votos à vítima.

Consumada a eleição, a quadrilha passou a desencadear uma verdadeira guerra sem tréguas para destruir o inimigo e garantir a continuidade da bandalheira que reina no País há 35 anos, destruindo de vez o Brasil.

Para enfrentar essa epopeia, o presidente convocou um poderoso exército de ministros, com qualificação insofismável, de forma totalmente diversa dos hábitos anteriores.

Seus grandes aliados nessa batalha são o destemido grupo de policiais federais, delegados, procuradores, juízes e desembargadores que procuram, através das diversas fases da Operação Lava-jato, limpar o País da maior rede de corrupção conhecida no mundo, em todos os tempos.

Após as escaramuças iniciais do novo mandato, o primeiro ataque da quadrilha ocorreu na volta das férias escolares dos parlamentares e magistrados, quando aqueles abriram os trabalhos legislando em causa própria e aprovando o orçamento impositivo, em votação relâmpago, na calada da noite, como uma forma de subjugar o Executivo, obrigando o governo a aprovar as emendas ao Orçamento feitas pelas bancadas, que antes eram facultativas, empurrando-o para uma eventual desobediência da lei de responsabilidade fiscal.

Enquanto isso, no Judiciário, proliferavam a indústria dos intermináveis recursos protelatórios; as decisões monocráticas para a soltura contumaz de bandidos; a interpretação diversificada e seletiva da Constituição Federal e a disputa de poder entre instâncias jurídicas, revelando o lamaçal que assola parte dos seus membros.

No Congresso Nacional, dois presidentes enlameados e reféns do foro privilegiado fazem cena para as televisões, mas, no fundo, praticam a máxima revelada no congresso por Paulinho da Força, de que as reformas têm que fracassar para evitar a reeleição de Bolsonaro em 2022.

O último golpe baixo desferido pelo senhor Rodrigo Maia foi a aprovação por votação simbólica, em regime de urgência, na calada da noite, da lei contra Abuso de Autoridade, parida há muitos anos por nada menos que um bandido chamado Renan Calheiros, com o objetivo de mudar a lei vigente e punir aqueles que o pilharam roubando.

O projeto aprovado foi recheado de armadilhas, com artigos supérfluos e textos imprecisos, para atraírem a atenção e o veto do presidente, deixando o essencial intacto.

A simples origem do projeto e a forma como tramitou seriam suficientes para propiciar o veto total da lei para permitir sua discussão com a sociedade.

No segundo semestre serão realizadas batalhas decisivas para definir o rumo do país e das suas instituições.

A abertura da caixa preta BNDES; reforma da previdência; reforma tributária; reforma política; reestruturação do Estado; privatizações; alavancagem da infraestrutura; discussões sobre o meio-ambiente; soberania da Amazônia; reestruturação do ensino. Enfim, será o progresso ou o fracasso da grande guinada que está em curso no Brasil.

Aproxima-se o dia 25 de agosto. Dia do Soldado e dia de mais uma manifestação pública contra a corrupção.

Sejamos cada um de nós, civis e militares, um verdadeiro soldado na luta contra os querem fazer retroceder o processo de expurgo do nosso País.

Brasil acima de tudo, Deus acima de todos

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