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Brasileiro deixa gasto de lado e põe 3,6 bi na poupança

Fabrício de Castro

O volume de recursos que os investidores depositaram na poupança em setembro, já descontados os saques, somou R$ 3,653 bilhões, informou nesta quinta-feira, 5, o Banco Central. Este é o quinto mês consecutivo em que houve captação líquida.

O resultado para a poupança foi o melhor para meses de setembro desde 2013, quando houve depósitos líquidos de R$ 6,696 bilhões. Em setembro do ano passado, houve saques líquidos de R$ 2,352 bilhões e, em agosto de 2017, aportes de R$ 2,144 bilhões.

Os últimos dias úteis do mês, quando geralmente o volume de depósitos sobe em função do pagamento de salários, foram os destaques. Juntos, os dias 27, 28 e 29 de setembro somaram R$ 4,345 bilhões em depósitos na poupança, já descontados os saques

Em 2015 e 2016, a crise econômica havia acirrado os saques na poupança, com as famílias mais retirando do que colocando recursos na caderneta para fazer frente às despesas. Em 2017, o fenômeno voltou a ocorrer, mas apenas em janeiro, fevereiro, março e abril. Em maio, junho, julho, agosto e, agora, em setembro, houve captação líquida.

De acordo com o BC, o total de aplicações na poupança em setembro foi de R$ 172,607 bilhões, enquanto os saques somaram R$ 168,954 bilhões. O estoque do investimento na poupança está em R$ 694,011 bilhões, já considerando os rendimentos de R$ 3,358 bilhões de setembro.

No acumulado de 2017 até setembro, a poupança registra saques líquidos de R$ 4,158 bilhões, resultado de aportes de R$ 1,528 trilhão e retiradas de R$ 1,532 trilhão. Em todo o ano passado, em meio à crise, R$ 40,702 bilhões líquidos saíram da poupança.

Além da influência da crise econômica, a poupança vinha perdendo espaço, nos últimos anos, para outros investimentos, considerados mais atrativos. A remuneração da poupança era formada por uma taxa fixa de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR) – esse cálculo valia para quando a Selic (a taxa básica de juros) estava acima de 8,5% ao ano. Como a Selic está atualmente em 8,25% ao ano, a remuneração da caderneta passou a ser formada pela TR mais 70% da Selic.

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