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Brasileiro sente aperto no bolso e poupança tem saque recorde em toda a história

Célia Froufe

Pela primeira vez nos últimos 20 anos, o Brasil registrou uma perda de patrimônio da caderneta de poupança. Mesmo contando com os rendimentos de R$ 47,430 bilhões vistos em 2015, o saldo dessa aplicação ficou em R$ 656,590 bilhões, um valor 0,93% menor do que o total de R$ 662,727 bilhões registrados no acumulado de 2014.

A diminuição foi pequena, mas é inédita. E se deu porque os saques superaram as aplicações em praticamente todos os meses do ano em 2015, com exceção de dezembro. O último mês do ano conta tradicionalmente com um “empurrãozinho” do pagamento do 13º salário, facilitando o aumento de depósitos.

Durante 2015, especialistas atribuíram a sangria da poupança à redução da renda dos trabalhadores e à competição com outros tipos de investimento, que foram mais impulsionados pela alta dos juros (Selic está em 14,25% ao ano) e do câmbio (48,5% no ano passado)

Desde 1995, quando o Banco Central começou a divulgar a série conhecida até hoje, o volume de investimentos na poupança só aumentou ano a ano. Em 1995, finalizou em R$ 63,635 bilhões e subiu para R$ 72,024 bilhões no ano seguinte. Em 1998, bateu a marca de R$ 100 bilhões pela primeira vez, ao encerrar em R$ 107,421 bilhões.

Em 2007 foi quando atingiu R$ 200 bilhões (R$ 235,261 bilhões). Em 2009, chegou a R$ 319,083 bilhões e, em 2011, a R$ 420,008 bilhões. Em 2013, quase alcançou R$ 600 bilhões (R$ 597,943 bilhões).

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