Estudos de uma consultoria norte-americana, a Mercer, coloca Brasília, patrimônio cultural da humanidade, como a melhor cidade brasileira em qualidade de vida. No ranking mundial, Brasília detém a 107ª posição entre 230 metrópoles ao redor do mundo. Nesse estudo, foram levados em conta, somente, o ambiente econômico, o sociocultural, a educação, os serviços de saúde, o transporte público e a preservação ambiental das asas e dos lagos Norte e Sul.
Ter esse cenário como verdadeiro seria avaliar o imóvel conhecendo apenas a sala de estar. A maioria da população do Distrito Federal está espalhada pelas regiões administrativas, distantes do Plano Piloto e da capital do Brasil entre 20 e 50 km. E nelas, a realidade chega a ser outra, às vezes completamente diferente das asas e dos bairros lagos Norte e Sul.
Neste ano de 2015, a capital dos brasileiros completará 55 anos. Ponto de encontro de pessoas de todas as partes do mundo, a região que circunda Brasília, enfrenta sérios e graves problemas urbanos, na oferta de serviços públicos, na estrutura fundiária, na preservação do patrimônio ambiental entre outras dificuldades que afetam milhares de vida. Não bastasse, o DF está exposto, também, ao vandalismo dos grileiros de terra e à especulação imobiliária.
A prestação de serviços como saúde, educação e transporte público nem de longe oferecem uma qualidade de vida aos moradores das Regiões Administrativas. Em muitos casos, o cidadão tem que contar com a sorte para ter bom atendimento. Eliminar os fossos sociais e econômicos que existem em Brasília seria um ganho enorme e faria dela, realmente, o melhor lugar do país para se viver. Um desafio para governo e sociedade de agora e do futuro.