Estudo
Brasília de Rollemberg ganha título de ‘pior transporte público’
Publicado
emUm levantamento produzido pelo instituto de pesquisa americano Expert Market com base em dados coletados em 74 dos principais centros urbanos do mundo apontou que Brasília tem um dos 10 piores sistemas de transporte público do mundo.
Para montar a classificação, o instituto levou em consideração os seguintes critérios:
- Tempo de viagem;
- Espera para pegar a condução;
- Distância total;
- Custo mensal do transporte relacionado ao salário médio da população.
Os piores sistemas de transporte público
Posição | País | Cidade | Nota |
65º | Reino Unido | Londres | 68.18 |
66º | Estados Unidos | Miami | 72.87 |
67º | Colômbia | Cáli | 75.96 |
68º | Brasil | Brasília | 77.52 |
69º | Canadá | Toronto | 78.56 |
70º | Brasil | Salvador | 78.71 |
71º | Turquia | Istambul | 81.78 |
72º | Brasil | São Paulo | 83.71 |
73º | Colômbia | Bogotá | 84.12 |
74º | Brasil | Rio de Janeiro | 86.26 |
Segundo a pesquisa, Brasília apresenta o segundo pior tempo médio de espera por ônibus ou metrô no mundo: 28 minutos. Apenas Salvador (33 minutos) tem situação pior.
Na questão do deslocamento médio diário por meio de transporte público, Brasília (1 hora e 36 minutos) fica à frente apenas de Bogotá, na Colômbia (1 hora e 37 minutos).
Já o valor gasto em passagens consome, em média, 5,77% da renda mensal de quem usa o transporte público – entre as cidades brasileiras, só não é pior do que Curitiba e Rio de Janeiro.
‘Sem precisão’ – A Secretaria de Mobilidade do Distrito Federal alegou que o aplicativo utilizado como base da pesquisa “não tem precisão nem eficácia” na capital e disse que o estudo não leva em conta outros critérios importantes.
“Nós temos linhas com 100 km. As pessoas ficam mais tempo dentro do transporte, claro, porque nós temos grandes distâncias a serem vencidas”, afirmou o secretário de Mobilidade, Fábio Damasceno.
O secretário apontou que o estudo não considera critérios como integração, bilhete único, corredor exclusivo, qualidade dos terminais, treinamento dos motoristas e idade média da frota, por exemplo.
“Estão comparando cidades que transportam de 50 mil a 100 mil pessoas por dia com cidades que transportam de 1 milhão a 2 milhões por dia”, disse.