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Brasília entra em estado de alerta para combater o mosquito da dengue

Dados divulgados pela Secretaria de Saúde, nesta quarta-feira (24), mostram que Brasília está em estado de alerta quanto ao total de residências com presença de larvas do Aedes aegypti — mosquito transmissor da dengue e da febre Chikungunya. O índice geral de infestação predial no DF foi de 1,69. Das 31 cidades pesquisadas, nove apresentaram índice satisfatório; 20, de alerta; e duas, de risco.

A classificação é dividida entre: satisfatória (índice menor que 1%), alerta (entre 1% e 3,9 %) e risco de surto (maior que 3,9%). Realizado de 23 a 27 de março deste ano, o 2º Levantamento Rápido de Índice para o Aedes aegypti (LIRAa) de 2015 — o primeiro foi em janeiro — utiliza metodologia empregada pelo Ministério da Saúde.

Fatores climáticos e comportamentais contribuíram para esse resultado. Em época de muita chuva e temperatura elevada, o ciclo de reprodução do mosquito é maior, principalmente em abril e maio, segundo o técnico da assessoria de Mobilização para Prevenção da Dengue, da subsecretaria de Vigilância à Saúde, da Secretaria de Saúde, Ailton Domicio.

“Sabemos que mais de 90% da população conhece dengue, sabe o que deve ser feito, mas, infelizmente, não temos uma ação proativa de vistoriar nossa casa e eliminar recipientes com presença de água”, lamenta Domicio.

O estudo possibilita detectar a quantidade de focos do mosquito por meio do Índice de Infestação Predial (IIP) — relação entre o total de residências com presença de larvas do mosquito e o número de imóveis inspecionados por localidade.

Cidades com mais de 12 mil imóveis são divididas em quarteirões. A amostragem é feita por sorteios aleatórios, e a inspeção, realizada em 20% do total. O resultado do índice orienta ações de combate à proliferação da doença, especialmente nas áreas com grande registro de focos.

De 1º de janeiro a 20 de abril deste ano, foram registrados 2.403 casos de dengue no Distrito Federal, número 37,49% menor que as 3.844 ocorrências confirmadas no mesmo período do ano passado.

Planaltina, Sobradinho II e Gama são responsáveis por 904 casos — equivalente a 37,6% dos registros no período. Quanto à febre Chikungunya, a Secretaria de Saúde contabilizou três casos confirmados em 2015.

Isaac Marra, Agência Brasília

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