Brasília está morrendo; antídoto chega em outubro, diz Ari Cunha
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emChegou a chance de ouro para que a população possa fazer um balanço da atuação dos políticos escolhidos no pleito passado. Descartar aqueles que não cumpriram com o combinado, cobrar novos compromissos, punir os que buscam a política como meio de vida, varrer os corruptos e renovar os cargos eletivos. A democracia precisa renovar o fôlego.
É tempo para, não só apurar os ouvidos, como para se fazer ouvido também pelos candidatos. As eleições são como a primavera para a sociedade, época de renascimento e fim de um ciclo envelhecido. Os habitantes de Brasília devem ficar atentos as propostas apresentadas , principalmente aquelas que vão impactar diretamente na qualidade de vida de todos num futuro próximo.
No caso específico da capital da República, qualquer candidato que apresentar em sua plataforma política itens como expansão da cidade, novos assentamentos, novos bairros, alteração de gabarito, mudança de destinação ou qualquer promessa que signifique o adensamento da cidade, desconfie e descarte de imediato. A alienação de terras e espaços públicos pela ação de políticos inescrupulosos tem sido a moeda de troca mais utilizada nos últimos anos no DF e isso tem levado a cidade a caminhar a passo largos rumo ao colapso dos serviços.
Os hospitais estão com a lotação exaurida, as escolas sucateadas, o trânsito emperrado. População além da capacidade de se governar é caso concreto de segurança de menos e violência de mais.
O aumento da população e das cidades são fenômenos naturais, mas que requerem, por parte dos administradores , políticas de planejamento científicas e racionais que possam traduzir com maior exatidão as demandas futuras e as respostas exatas para cada situação. A morte da cidade também é um fenômeno natural. O caso de Brasília é sui generis.
Nasceu artificialmente e querem manter o conteúdo no tubo de ensaio catalisado pela ação de políticas nefastas e destoadas da realidade atual e futura. O seu voto em outubro, faz a cidade que você terá nas próximas primaveras.
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