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Brasiliense em POA vive milagre no Menino Deus

Quem acompanha os meus textos talvez saiba que a minha esposa (a Dona Irene) e eu moramos em Porto Alegre, onde no verão faz tanto calor como no Rio de Janeiro. Particularmente, eu adoro, pois sou daqueles que pensam que quem gosta de frio ou é pinguim ou é picolé. E foi justamente em plena estação de calor que a história que vou lhe contar aconteceu, no famoso bairro Menino Deus, um dos mais tradicionais da capital gaúcha.

A Dona Irene estava acompanhada da minha sogra (Martinha) e de duas sobrinhas (Jojô e Beckinha), que moram em Brasília. As quatro meninas haviam acabado de almoçar em um restaurante bem próximo ao nosso apartamento, quando resolveram dar uma voltinha, apesar dos quase 40 graus. Pra quê?

A Beckinha, que por acaso era a mais alta da trupe, acabou despencando de seu um metro e setenta ali mesmo na calçada. A Jojô, estática como um cone, não conseguiu ter qualquer reação. Sobrou para a Martinha e a minha mulher acudirem a Beckinha, que, desmaiada, parecia ter perdido toda aquela linda cor de jambo maduro.

E lá estavam as duas heroínas tentando salvar a pobre Beckinha, adormecida como a mais bela garota do bairro. A situação parecia não ter qualquer prognóstico favorável, até que, de repente, surgiu uma senhora, que se agachou e perguntou para a minha mulher:

— Quer que eu faça um reiki?

A Dona Irene, que até então nunca havia ouvido falar nesse tal reiki, balançou a cabeça afirmativamente. A senhora, então, colocou as mãos a poucos centímetros do rosto da Beckinha, que, milagrosamente, abriu os seus grandes olhos castanhos e sorriu. Em seguida, ela se levantou, deu um abraço caloroso na mulher do reiki e voltou quase saltitante para o apartamento da minha amada.

*Eduardo Martínez é autor do livro “57 Contos e Crônicas por um Autor muito Velho”.

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