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Braskem faz acordo de leniência e acirra tensão política

Josette Goulart

A Braskem, petroquímica do grupo Odebrecht em sociedade com a Petrobras, informou nesta quarta-feira, 14, que assinou o acordo de leniência com o Ministério Público Federal do Brasil. A assinatura faz parte de um acordo global com Estados Unidos, Suíça e Brasil que prevê o pagamento de US$ 957 milhões ou cerca de R$ 3,1 bilhões para os três países. Cerca de R$ 1,6 bilhão será pago à vista e o restante em seis parcelas anuais corrigidas pela inflação. O valor está incluso no acordo de R$ 6,8 bilhões fechado pelo grupo Odebrecht.

A empresa foi envolvida na Operação Lava Jato com denúncias e investigações sobre acerto de preços com a Petrobras para a compra da principal matéria-prima, a nafta. Em recente delação que veio a público do executivo Cláudio Melo Filho, do grupo Odebrecht, também foi exposta a atuação da empresa com deputados e senadores para conseguir benefícios fiscais e energia elétrica mais barata por meio de medidas provisórias.

Com os outros países a expectativa é de que os acordos sejam assinados até o fim do ano. A partir deles, a empresa se compromete a implementar um rígido programa de conformidade com regras e leis, o chamado compliance, e também se compromete a ter um monitor, que vigie a empresa pelos próximos anos.

A companhia informa que está com capacidade de caixa para pagar a dívida em função de ter hoje o menor nível de endividamento dos últimos 12 anos. Sua relação de dívida com capacidade de geração de caixa está em 1,63 vezes, o que significa que apenas com seu caixa pode pagar toda a dívida em apenas um ano e meio.

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