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Balanço semestral

BRB ‘corrige falhas’ e anuncia receita maior

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Autor/Imagem:
Gizella Rodrigues

Ao anunciar o balanço do Banco de Brasília (BRB) no primeiro semestre de 2019, o presidente da instituição, Paulo Henrique Costa, ressaltou a mudança no posicionamento estratégico do banco que voltou a crescer. “Um novo BRB está nascendo. Inserido no contexto desafiador do cenário econômico, ele precisou se reinventar, mudou sua estrutura e avançou”, disse.

De fato, os números mostram esse fenômeno. No segundo trimestre de 2019, o lucro líquido do banco foi de R$ 95,3 milhões, um crescimento de 69,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Nos seis primeiros meses do ano, a evolução foi de 18,9% em relação ao primeiro semestre de 2018 e o lucro chegou a R$ 160,9 milhões.

O resultado foi alcançado graças ao aumento da margem financeira, a recuperação de créditos inadimplentes, o avanço das receitas com tarifas e prestação de serviços e o controle das despesas com pessoal e administrativo.

Segundo o presidente do BRB, a nova diretoria revisou todo o portfólio de produtos, reduziu a taxa de juros de todos eles, e deu treinamentos para os funcionários para um melhor relacionamento com os clientes.

A carteira de crédito chegou a R$ 9,6 bilhões e apresentou crescimento de 5,2% em 12 meses. O principal destaque foi o crédito consignado, cujo saldo alcançou R$ 5,2 bilhões com evolução de 14,1% em 12 meses.

No primeiro semestre, foram contratados cerca de R$ 1,9 bilhão em operações de crédito, um crescimento de 73,5% comparado ao mesmo período de 2018. Somente no segundo trimestre, o montante contratado foi de R$ 1,2 bilhão, um avanço de 143,9%.

“O BRB ampliou o relacionamento com seus clientes e aumentou seu impacto no desenvolvimento econômico”, disse Paulo Henrique Costa.

Carteira de clientes
Ele ressaltou que a política de expansão do banco prevê crescimento da carteira de clientes entre as pessoas jurídicas, que caiu 9,1% na comparação entre o segundo trimestre de 2019 com o mesmo período de 2018.

“Essa divulgação de resultados nos dará condição de buscar novos recursos que o banco não vinha acessando nos últimos tempos, visando fomentar a economia do DF, gerar emprego e renda e fortalecer esse novo papel de banco de desenvolvimento”, completou.

Entre a política do banco para ter mais empresas na carteira de clientes está a redução de tarifas e juros, o lançamento de novos produtos e o lançamento de agências específicas que serão responsáveis por atender os empresários separadamente.

Inadimplência
A inadimplência encerrou o primeiro semestre em apenas 2%, abaixo da média de mercado (de 2,9%). As receitas com prestação de serviços e tarifas alcançaram R$ 97,2 milhões no segundo trimestre do ano, um crescimento de 8,6% ante o mesmo período de 2018.

No semestre, essas receitas chegaram a R$ 186,8 milhões. Merecem destaque as receitas com corretagem de seguros e intercâmbio.

Gastos com pessoal
O controle das despesas foi fundamental para a evolução do lucro líquido. Os gastos com pessoal cresceram 2,1% no segundo trimestre do ano, abaixo da inflação. As outras despesas administrativas apresentaram queda de 4,9%, motivada pela redução das despesas com processamento de dados, comunicações, aluguéis, transportes, propaganda e publicidade. “Temos sido disciplinados e feito o controle adequado desses gastos”, comentou Paulo Henrique Costa.

Políticas públicas
Paulo Henrique também destacou ações do BRB em apoio a políticas públicas. Citou como exemplos, o cartão material escolar e a linha de crédito para financiamento dos lotes em regularização.

E lembrou da aceitação das cédulas de direito real de uso no crédito rural, reconhecendo a característica fundiária do DF, e o financiamento de aproximadamente R$ 200 milhões concedido à Terracap para a realização de um conjunto de obras.

“Nós entendemos que o grande diferencial do BRB como banco público é essa vocação de atuação no fomento e no apoio a políticas públicas. Deve se esperar um BRB cada vez mais presente na vida do cidadão e do empresário brasiliense”, ressaltou.

Para o segundo semestre, o brasiliense também pode esperar uma atuação do BRB cada vez maior no dia-a-dia da cidade, via sistema de bilhetagem eletrônica, adoção a monumentos da cidade, que será anunciada nos próximos dias, e a continuidade de patrocínios a eventos de esporte, cultura e lazer. Costa anunciou que o BRB está criando o Instituto BRB, que vai ser responsável pelos patrocínios sociais.

Banco digital
No passado, o BRB foi reconhecido e criticado pela indisponibilidade de seus sistemas. Paulo Henrique destacou que, no primeiro semestre de 2019, o BRB apresentou uma disponibilidade média de 98,5% em seus sistemas contra uma média de 80% ao longo de 2018.

O BRB vai lançar, até o final do ano, um banco digital que ofereça, além de consultas à conta corrente, transferências e pagamentos, um portfólio de produtos como financiamento imobiliário e de veículos e também trabalha na elaboração de uma plataforma digital para investimentos.

O banco também melhorou a qualidade do acesso ao Banknet PJ, usado pelos empresários que têm conta de pessoa jurídica para transações on-line. “Há um mês e meio lançamos uma nova ferramenta que é muito mais simples e ágil e processa todas as transações”, afirmou.

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