Pacientes que foram à emergência dos hospitais regionais da Asa Norte e do Paranoá, no Distrito Federal, neste sábado (15) encontraram salas de espera lotadas e a informação de que “não havia previsão de atendimento”. De acordo com o Sindicato dos Médicos, parte dos profissionais parou porque o governo não pagou as horas extras do mês de agosto.
O GDF nega o atraso. “O prazo foi fixado para o dia 24 de novembro, e o dinheiro vai ser depositado. São R$ 22 milhões em horas extras, e vão ser pagos normalmente como sempre foram pagos nos últimos 20 anos”, afirma a secretária de Saúde, Marília Coelho Cunha.
Os médicos, segundo a Secretaria de Saúde, abandonaram o plantão na madrugada e apresentaram atestados. Os documentos serão investigados pela Corregedoria da Saúde. “Não é possível ter quatro profissionais afastados no mesmo dia. Fica um médico assinando atestado para outro, é um absurdo”, diz Marília.
Para sanar a ausência dos médicos, o diretor do hospital da Asa Norte teria se deslocado à unidade para atender no pronto-socorro. Já no Paranoá, profissionais extras fizeram prestaram o serviço. Segundo a secretaria, o plantão de especialidades funcionou em escala normal durante todo o sábado e os pacientes de clínica médica foram atendidos no fim da tarde.