Com o início do trabalho dos administradores regionais, a paisagem começa a mudar na maioria das cidades do DF. Poda de árvores, recolhimento de entulhos, corte de grama e roçagem voltaram a fazer parte da rotina das regiões administrativas (RAs). O atendimento à comunidade também foi retomado em boa parte das localidades.
Sujeira e mato alto são situações comuns em todas as RAs. Outra dificuldade grave detectada é o crescimento de invasões de área pública, principalmente em Planaltina, Ceilândia e São Sebastião. A determinação nesse caso, conforme o vice-governador, Renato Santana, é enfrentar o problema com a Agência de Fiscalização (Agefis).
O roteiro de trabalho segue levantamento realizado pelos seis administradores recém-nomeados, sob coordenação do vice-governador, ele próprio responsável pela gestão de Brazlândia, Ceilândia, Samambaia e Taguatinga.
Taguatinga, Ceilândia, Samambaia e Brazlândia, administradas interinamente por Renato Santana, passam por serviços de limpeza nos pontos mais críticos. O Pistão Norte, por exemplo, em Taguatinga, teve as árvores podadas, o que proporciona mais tranquilidade e segurança para as centenas de pessoas que praticam atividades físicas no local. O atendimento ao cidadão também está em funcionamento.
Encarregado de administrar Plano Piloto, Cruzeiro, Candangolândia e Sudoeste/Octogonal, Igor Tokarski convocou os servidores para compor uma força-tarefa e amenizar os problemas decorrentes da falta de pessoal: “Precisamos garantir o atendimento ao cidadão, sem qualquer prejuízo à população e à cidade”.
Responsável interinamente pela gestão de sete cidades, Edberto da Silva reorganizou o atendimento à comunidade no Setor de Indústria e Abastecimento, no Guará, no Núcleo Bandeirante, no Setor Complementar de Indústria e Abastecimento – que inclui a Cidade do Automóvel e a Estrutural -, em Águas Claras, em Vicente Pires e no Riacho Fundo. “Estamos catalogando as demandas dos moradores e os assuntos pendentes para solucionar essas questões”, explicou.
Administrador de Santa Maria, Recanto das Emas, Riacho Fundo II e Gama, Nery do Brasil promove operação de limpeza nas quatro cidades. Nesta semana, homens e máquinas continuarão a retirar lixo e entulho das ruas, além de podar árvores, cortar grama e roçar o mato. Cerca de 60 trabalhadores e 17 máquinas – quatro pás mecânicas e 13 caminhões – participam da operação. “Vamos trabalhar com muita disposição para melhorar a situação de quem vive nessas cidades.”
Em Sobradinho, Fercal, Planaltina e Sobradinho II, os serviços também estão voltando à normalidade. Administrador interino dessas localidades, Estevão Reis remanejou servidores para suprir deficiências no atendimento à comunidade: “À exceção de Sobradinho, o quadro nas demais cidades era de muito entulho e lixo nas ruas, além do mato bastante alto. Esperamos reverter essa situação e, dessa forma, oferecer mais conforto e tranquilidade aos moradores”.
Na quarta-feira (7), uma equipe com 20 homens, seis caminhões e uma pá mecânica iniciou uma faxina na Vila Rabelo, em Sobradinho II, um dos locais mais afetados pela ausência de serviços públicos. Em Planaltina, serão utilizados 10 homens, cinco caminhões e uma pá mecânica para deixar a cidade livre da sujeira.
No Paranoá, em São Sebastião, no Jardim Botânico e no Itapoã, o administrador interino Eduardo Rodrigues da Silva trabalha para resolver as situações mais críticas. No Itapoã, por exemplo, é realizada uma campanha de limpeza. O setor de protocolo/solicitação de documentos, encaminhamento de demandas e pedidos de serviços funciona em todas as RAs.
Áreas sob administração interina de Wander Azevedo, Lago Sul, Lago Norte, Varjão e Park Way, têm situação bem parecida. “Depois de diagnosticar os problemas de cada setor, procuramos disponibilizar os serviços o mais rápido possível”, garantiu.
O vice-governador, Renato Santana, reuniu-se, na terça-feira (6), com os demais administradores para trocar experiências e unir forças em busca de solução dos pontos mais críticos, como a precariedade de estrutura e os quadros deficitários de servidores, insuficientes para manter o mínimo dos serviços funcionando. “A memória dessas administrações está bastante comprometida pela falta de funcionários. Em alguns casos, há apenas cinco servidores de carreira tocando toda a estrutura.”
Santana destacou a boa vontade das pessoas em trabalhar para organizar as principais demandas nesse período. “Nesse caos, encontramos servidores comprometidos com o Estado e que se dispuseram a atuar intensivamente para atacar nossos principais problemas.”