O Governo de Rodrigo Rollemberg perdeu a grande oportunidade de lucrar mais de 20 milhões de reais com a venda de um terreno de 7 mil m² na região de Sobradinho. Ao invés da comercialização, o governo doou a área à União para construir uma unidade da Promotoria de Justiça, do Ministério Público do DF.
O projeto que deu origem à concessão do terreno foi sancionado e publicado no Diário Oficial da última quarta-feira, dia 9.
Levando em consideração os dados do Sindicato da Habitação do Distrito Federal (Secovi-DF), o metro quadrado em Sobradinho é em média 2 mil 894 reais. Precisamente, a área doada tem 6.998,513 m². Somando chega-se ao valor milionário.
Seria até uma medida compreensível haja vista a justificativa que embasou o parecer da deputada distrital Telma Rufino, relatora do projeto na Comissão de Assuntos Fundiários (CAF).
“A doação atende aos critérios de interesse público, uma vez que é imperioso que a comunidade de Sobradinho conte em sua localidade com os serviços prestados pelo MP, o que evitará longos deslocamentos até o Plano Piloto”, disse.
O problema é que essa concessão vem justamente em um período de arrocho nas contas, onde o Palácio do Buriti faz malabarismos para quitar dívidas e encher os cofres para o próximo ano.
Por isso, foram pautas da reunião do governador com seus secretários possibilidades como o aumento da passagem de ônibus, do preço dos Restaurantes Comunitários, além do corte de cargos comissionados. Numa medida mais dura ainda, mas pouco provável seria a demissão de concursados.
Curiosamente, Rollemberg disse em entrevista a um jornal local, que o GDF não pode mais viver em um quadro de irresponsabilidade. “Este mês, quando pagamos os salários no quinto dia útil, ficaram apenas R$ 1,2 milhão na Conta Única do Tesouro. E isso é muito pouco para os compromissos que temos”, explicou ao jornal. Os 20 milhões de reais não resolveria o problema do cofre vazio, mas bem que aliviaria bem as contas.
Elton Santos, aovivodebrasilia