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Buriti foi alertado para riscos de viaduto desabar

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O viaduto que desabou na manhã desta terça (6), no centro de Brasília, deveria ter passado por manutenção pelo menos há sete anos. Em 2011, estudo do Sindicato de Engenharia e Arquitetura (Sinaenco) já havia detectado que esse era um dos viadutos e pontes do Distrito Federal que precisam com urgência de reparos e obras de manutenção com urgência.

Segundo o relatório, o viaduto do Eixão no Setor Comercial Sul apresentava o agravamento dos problemas que já haviam sido detectados em estudo anterior, de 2009, necessitando de “intervenção urgente face ao alto volume de veículos que ali trafega”.

“Importante sofrer intervenção planejada para não compromenter ainda mais o trânsito de veículos em toda região central de Brasília”, aponta o estudo.

Em 2013, uma auditoria do Tribunal de Contas do Distrito Federal detectou fragilidades em diversos monumentos de Brasília, entre elas o viaduto. Na oportunidade, a equipe de vistoria recomendou que a obra fosse reformada.

A auditoria realizada de março a junho de 2012 mostrou que muitos dos bens inspecionados não se encontravam em adequado estado de conservação. No relatório, o viaduto da Galeria dos Estados estava avaliado como local que precisava de manutenção urgente, assim como a Ponte do Braguetto e mais outros quatro viadutos e o estacionamento em frente ao Conjunto Nacional.

O relatório mostrou ainda que 40,5% das passarelas e 30% das pontes e viadutos não se encontravam em bom estado de conservação.

Após o acidente, o governador Rodrigo Rollemberg reconheceu que o viaduto não recebeu manutenção. “São viadutos antigos. Desde o início do nosso governo, fizemos manutenção em oito viadutos. Seis deles receberam reforço estrutural. Infelizmente, esse não recebeu e agora temos que ver que providências iremos tomar a partir de agora.”

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