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Buriti garante Indy e Terracap economiza 82% no autódromo

As irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) na licitação para a reforma do Autódromo Internacional Nelson Piquet, iniciada na gestão anterior, quase tiraram Brasília do mapa da Fórmula Indy. Mas, se depender da nova direção da Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap), o tradicional evento automobilístico será mantido, porém, o recurso empenhado na obra será 82% menor do que o previsto no ano passado.

De acordo com o presidente da empresa pública, Alexandre Navarro Garcia, é possível fazer todas as intervenções no autódromo exigidas pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) gastando R$ 43 milhões. Antes, a licitação previa o empenho de R$ 250 milhões. Em caso de cancelamento da corrida, o Governo do Distrito Federal é obrigado a pagar, por quebra de contrato, multa de R$ 70 milhões.

O estudo feito por engenheiros da Terracap e da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) elenca as prioridades da reforma no local. De acordo com Navarro, o recurso deve contemplar adaptações no asfalto, instalação de pneus a fim de evitar o choque dos carros com o muro e a reconstrução dos boxes. “São intervenções pontuais, mas que atendem às normas da FIA”, destaca.

Caso a primeira etapa da Fórmula Indy se confirme em Brasília e a data da corrida seja mantida – de 6 a 8 de março –, a expectativa é que ela movimente de forma significativa a economia local. O evento é o segundo mais importante do automobilismo mundial, atrás apenas da Fórmula 1. São calculados a criação de pelo menos 1 mil empregos temporários, o estímulo da rede hoteleira e a divulgação do nome da cidade no Brasil e no exterior. “Apresentamos os recursos necessários para a realização do evento e acreditamos que ele traga um retorno interessante para Brasília”, disse o presidente da Terracap.

Atendendo a uma recomendação do TCDF, o Executivo local decidiu em 12 de janeiro cancelar a licitação para as obras de reforma do Autódromo Internacional Nelson Piquet, iniciada na gestão passada. Os técnicos do órgão encontraram indícios de sobrepreço de R$ 35 milhões, duplicidade de serviços e falhas no projeto de engenharia. O presidente do TCDF, Renato Rainha, se debruça sobre o processo desde ontem para avaliar se é viável ou não autorizar a realização da prova. Ele deve se manifestar no fim da semana.

A aplicação dos R$ 43 milhões

– R$ 18,5 milhões para reforma do asfalto

– R$ 12,4 milhões para instalação de guardrail e grades de proteção

– R$ 5 milhões para construção de arquibancadas

– R$ 4,6 milhões para barreiras de pneus que amorteçam o impacto de batidas

– R$ 1,6 milhão para jardinagem e plantio de grama

– R$ 1,1 milhão para recuperação dos boxes

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