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Buriti joga Arruda, Agnelo, Filippelli e Magela na Lava Jato

Marta Nobre, Edição

Os ex-governadores José Robertto Arruda e Agnelo Queiroz; o ex-vice governador Tadeu Filippelli (na gestão de Agnelo) e o ex-secretário de Habitação Geraldo Magela (de Cristovam Buarque e também Agnelo), foram jogados no colo da Lava Jato nesta sexta, 12, pelo Palácio do Buriti. Os quatro – entre outras dezenas de servidores públicos – foram apontados como beneficiários dos contratos de obras, como o Mané Garrincha, o Centro Administrativo e o conjunto habitacional Jardins Mangueiral.

O governo de Brasília vai instaurar processos administrativos contra agentes envolvidos em irregularidades nas obras do Sistema BRT Sul, do Centro Administrativo, do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha e do Condomínio Jardins Mangueiral, feitas em gestões passadas. O dano total ao Executivo já identificado nas apurações preliminares é de R$ 209.677.019,92.

As investigações do Grupo de Ações Integradas de Controle (Gaic), unidade da Controladoria-Geral do DF implementada em abril, incluem 16 empresas, dois consórcios e 21 pessoas, entre dirigentes de empresas públicas e agentes políticos e privados. Todos foram citados em colaborações premiadas de dirigentes e ex-dirigentes da Construtora Norberto Odebrecht na Operação Lava Jato.

Em entrevista coletiva no Palácio do Buriti nesta sexta-feira (12), feita para divulgar o relatório do Gaic, o chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, disse que o trabalho da Controladoria-Geral será em duas frentes. “Vamos abrir processos a partir das irregularidades já detectadas e vamos identificar outras.

Ainda segundo Sampaio, o contrato com o Centro Administrativo, estrutura fruto de parceria público-privada entregue no último dia da gestão passada, pode ser anulado. “Temos que aguardar o desenvolvimento das investigações. Em tese, o fato de processo estar todo viciado poderá levar à nulidade dele.”

Como o governo de Brasília pode punir os responsáveis em âmbito administrativo

A atuação do Gaic daqui em diante será em oito frentes:

De acordo com o controlador-geral do DF, Henrique Ziller, também presente à entrevista coletiva, cada processo tem prazo estimado de 90 dias. “A matriz de responsabilização traçada pelo Gaic identificou autores e irregularidades por eles cometidas. Os processos devem durar 90 dias a partir da publicação no Diário Oficial do DF.

Em todos os processos, os prazos visam garantir os direitos de ampla defesa e do contraditório.

O envio de informações consolidadas ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas serve para que as investigações sigam em outras esferas – como cível e penal –, caso seja necessário. O governo fará investigações administrativas com as sanções previstas na Lei Complementar nº 840, de 23 de dezembro de 2011.

Veja a íntegra do relatório divulgado pelo Grupo de Ações Integradas de Controle (Gaic), da Controladoria-Geral do DF.

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