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Buriti mente para o povo sobre ônibus. E Samambaia responde pedindo respeito

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O governo do Distrito Federal e os moradores – neste caso os de Samambaia – parecem não falar a mesma língua. Ou não compartilham da mesma calculadora. Enquanto o Palácio do Buriti toma medidas de gestão no transporte público e alega melhorar a vida da população, os usuários dizem que nada se aperfeiçoou. Piorou.

Em Samambaia, os passageiros reclamam que a Secretaria de Mobilidade reduziu o número de linhas que faziam o caminho desta cidade até a W3 Sul e Norte, além do SIG. Principalmente nas quadras 300 e 500 sul. Se antes os moradores tinham praticamente à disposição um ônibus para cada uma dessas regiões, agora, apenas um veículo faz todo o trajeto. Ou seja, sai de Samambaia e até chegar a Asa Norte, passa por pelo menos mais duas regiões.

Antes, uma viagem durava aproximadamente 50 minutos. Atualmente, do local de partida até o destino final, o tempo dobrou praticamente. “Principalmente para quem trabalha na W3 Norte que vai pela EPNB, passa pelo Setor Policial, faz a W3 Sul todinha para depois chegar à Asa Norte”, reclama a líder comunitária Lucinda Carvalho.

O DFTrans sustenta que os ajustes em Samambaia visam a melhor utilização da frota, condensando linhas sobrepostas que ligam a cidade ao Plano Piloto. Rebatendo a percepção dos usuários do transporte público, o órgão diz que, após a reestruturação, nos dias úteis, a frota passou de 142 para 153 ônibus. Afirma ainda que o número de viagens passou de 439 viagens na ida e 389 na volta para 509 viagens na ida e 478 na volta.

Na ponta do lápis, a oferta aumentou 16% na ida e 23% na volta. Cabe ao DFTrans fiscalizar se as empresas de ônibus estão cumprindo o itinerário. Mas se isso não ocorrer? A autarquia joga a responsabilidade para os próprios passageiros. “Caso a empresa não esteja cumprindo os horários, é muito importante que o usuário registre a denúncia através da ouvidoria do DF”, informa.

O problema é que isso já foi feito. “Não adiantam essas reclamações. Já foram feitas várias vezes”, rebateu um morador da cidade que não quis se identificar por temer perseguição no trabalho, já que é funcionário do governo.

A Codeplan divulgou nesta terça-feira, 1º, um estudo informando que 50% da população de Samambaia utilizam transporte público para trabalhar. O ônibus coletivo é usado por 46,86% da população, e o metrô, por 8,06%. O carro é a escolha de 24,47%, enquanto 9,17% vão a pé, 2,14% de moto e 1,17% de bicicleta.

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