O quadro da saúde pública no Distrito Federal permanece na UTI. E para mudar a situação, o Palácio do Buriti pediu socorro aos deputados distritais, apresentando um relatório onde constam as áreas mais carentes. Para cobrir o rombo, são necessários 288 milhões de reais.
A tabela de necessidades inclui contratos de serviços terceirizados como vigilância e limpeza, manutenção de equipamentos e hospitais, pagamento de horas extras de profissionais e aquisição de medicamentos.
A lista foi elaborada para que “os parlamentares saibam, antecipadamente, para quais áreas a verba das emendas será destinada”, revela o governo. O Buriti tenta convencer os deputados a destinar pelo menos R$ 124 milhões das emendas parlamentares para ajudar no orçamento da Saúde ainda neste ano.
A tabela mostra que a pendência mais cara está nos contratos de serviços de vigilância, que precisam de R$ 57,6 milhões adicionais até o fim do ano. As verbas para pagar contratos de limpeza e de alimentação hospitalar precisariam de reforços de R$ 44 milhões e R$ 45,2 milhões, respectivamente. Todos esses serviços são terceirizados.
O aporte solicitado para pagar as horas extras dos profissionais de saúde também é alto: R$ 48 milhões. Para manter o Hospital da Criança até dezembro, segundo a tabela, faltam R$ 36,2 milhões. A concessão de todas as bolsas de estudo para estudantes de medicina que fazem residência na rede pública depende de R$ 17,2 milhões para fechar 2015, de acordo com o documento.