A diarista Vilma Carvalho dos Santos, de 54 anos, quase caiu para trás ao verificar a conta de água no mês de junho. No lugar dos aproximadamente R$ 200 habituais, a cobrança trazia R$ 34.002 como gasto dela, dos dois filhos e da neta de 7 anos, que passam a maior parte do tempo fora de casa.
A Companhia de Saneamento Ambiental informou que refez a medição e que não houve erro. A suspeita da empresa é de que tenha havido um vazamento.
A família mora na quadra 5 do Setor Sul do Gama. Vilma trabalha em dias alternados, em um apartamento na Asa Norte. Ambos os filhos saem antes das 6h e voltam pela noite. A neta, Mariana, estuda durante a tarde. As contas, guardadas pela diarista em uma caixinha, giram entre R$ 180 e R$ 300 – o que ela afirma já acreditar ser caro.
“Quando peguei o boleto, gritei ‘ai, eu não acredito’. Até o motoqueiro estranhou. Em janeiro eu chamei um técnico para ver se tinha vazamento, porque a conta tinha vindo em R$ 1 mil, e ele consertou. Não acho que seja o caso de novo, porque depois dessa as contas voltaram ao preço normal”, declarou.
A última cobrança, de agosto, já foi quitada e custou R$ 263,37. Vilma diz não ter adotado nenhum comportamento diferente no mês para justificar o aumento. Ganhando R$ 950 como salário, ela diz não saber como fazer para pagar a conta.