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Toc toc

Café com professor Leandro é pontual, sem trânsito engarrafado

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Autor/Imagem:
Eduardo Martínez - Foto Irene Araújo

Após alguns convites que recebi do professor Leandro Mendes para conhecer seus alunos, tudo por causa dos contos e crônicas que são publicadas diariamente em Notibras, nada mais justo do que chamá-lo para degustar um café gourmet acompanhado de deliciosos e tenros pães de queijo. E isso aconteceu no finalzinho de janeiro, quando a minha esposa – a famosa Dona Irene -, nossa filha Malulinha e eu tivemos o prazer de receber, em nosso apartamento, esse mestre da língua portuguesa e a sua encantadora esposa, a Elma, que também é professora, mas de inglês.

O Leandro, para quem não sabe, reside no mesmo andar do edifício em que temos um apartamento, isso em Brasília. Somos vizinhos de porta, por assim dizer. Só que, quase sempre, o imóvel fica alugado e, quando vamos à capital do país, geralmente ficamos na casa dos meus sogros. Mas eis que coincidiu de estarmos por lá e o próximo inquilino só entraria no mês seguinte.

Marcamos o dia e, no horário previsto, lá estavam o Leandro e a Elma diante da porta. Mal entraram no nosso lar, doce lar, eis que o meu amigo me solta essa: “Apesar do trânsito, creio que conseguimos chegar a tempo.” Todos rimos da piada. Até falei que iria usá-la em algum texto. Pois é, parece que acabei de cumprir tal promessa.

Enquanto eu preparava o lanche, a Elma e o Leandro foram brincar um pouco com a Malulinha, que estava no colo da minha esposa. Mas eis que o meu amigo se aproximou e puxou conversa.

– Você não deixa a água ferver?

– É que se a água ferve, o café fica com aquele gosto de queimado.

– Eu misturo o pó com a água e deixo ferver.

– Minha sogra faz que nem você. Mas eu só jogo a água quente, quando começa a aparecer pequenas bolhas no fundo da chaleira, sobre o pó em um coador de pano. Eu prefiro o coador de pano, mas tem gente que prefere o de papel ou até o de inox.

Assim que o café ficou pronto, fiz questão de servir uma xícara ao Leandro, que, ao provar, arregalou os olhos e sorriu aquele sorriso de quero mais. “Elma, você precisa provar esse café!” Obviamente que devo ter estufado o peito e feito uma cara de especialista em café gourmet, mas, na verdade, não passo de simples apreciador da bebida mais popular do Brasil.

Já devidamente acomodados à mesa, o principal assunto foi literatura. O Leandro, apaixonado pelo assunto, disse que fica impressionado com a quantidade de talentos que encontra em sala de aula. E não apenas na escrita, mas em vários campos: música, artes plásticas e cênicas, matemática. Eu, que também sou um aficionado pelo tema, estava adorando a conversa, até que a minha mulher, torcedora fanática do Palmeiras e curiosa como ela só, teve o seguinte interlúdio com o meu amigo.

– Leandro, sabe uma coisa que me chamou a atenção quando o Edu e eu moramos aqui?

– O quê?

– É que, logo aqui ao lado, tinha um louco que gritava toda vez que o Palmeiras marcava um gol.

– Era eu!

A partir desse ponto, ninguém mais falou em outro assunto a não ser sobre futebol. E lá estavam a Dona Irene e o Leandro relembrando as glórias do Palmeiras, enquanto a Elma tentava convencê-los de que o maior era o Flamengo. Peguei a Malulinha no colo, mas ela só olhava aqueles três, como se quisesse dizer que eram uns loucos.

A visita foi maravilhosa e sempre é assunto aqui em Porto Alegre, onde residimos. Quando voltarmos para Brasília, espero que aconteça outro encontro com esse casal muito divertido. Valeu demais!!!

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