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Café da manhã, almoço; jantar, não. E surge uma arma contra diabete tipo 2

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Comer apenas o café da manhã e o almoço pode ser uma forma mais efetiva de tratar a diabete tipo 2 do que fazer pequenas refeições ao longo do dia, dizem cientistas.

Pesquisadores do Instituto de Medicina Clínica e Experimental de Praga testaram os dois métodos com dois grupos de 27 pessoas.

O primeiro grupo fez duas refeições maiores por 12 semanas, comendo pela última vez até às 16 horas.

O segundo se alimentou com seis porções menores ao longo de todo o dia, como é frequentemente recomendado a pacientes com diabetes.

Depois, os grupos inverteram suas dietas. Em ambos os casos, todas as refeições do dia somavam 1.700 calorias.

Quando comeram duas vezes, os voluntários perderam mais peso e tiveram uma maior redução do nível de açúcar no sangue.

Segundo os cientistas, estes resultados corroboram com “evidências anteriores” de que refeições em menor número e porções maiores traziam mais benefícios.

A diabetes tipo 2 é causada quando o corpo não produz uma quantidade suficiente do hormônio insulina, que regula o açúcar no sangue.

Na falta dele, o nível de açúcar fica elevado demais, o que pode causar problemas cardíacos e acidente vascular cerebral, o AVC, danos nos nervos, sensibilidade a luz e problemas renais.

Segundo a Federação Internacional de Diabetes (FID), há 371 milhões de adultos diabéticos no mundo, dos quais 13,4 milhões são brasileiros, a maioria deles do tipo 2.

O número é especialmente alarmante no caso brasileiro, porque ele supera com muita antecedência o número previsto pelo FIS de 12,7 de diabéticos no país em 2030.

Mudar os hábitos alimentares pode ajudar não só estas pessoas, segundo o estudo realizado em Praga, como quem deseja perder peso.

“Os pacientes com menos refeições tinham medo de passar fome de noite, mas eles sentiram menos fome porque os deixamos comer até ficarem satisfeitos”, diz a pesquisadora Hana Kahleova.

“Mas, quando comiam seis vezes ao dia, eles não ficavam satisfeitos. Isso foi surpreendente.”

O pesquisador Richard Elliot, do instituto Diabetes UK, diz que o estudo reforça resultados de pesquisas anteriores que apontam para um novo tipo de dieta para este tipo de paciente.

“No entanto, antes será preciso realizar um estudo mais duradouro antes de mudar a indicação nutricional dada a pessoas com diabetes”, disse Elliott.

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