Dona Irene, a descrente
Caipirinha, uma garrafa d’água e a palavra final
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emVou fazer uma confissão aqui sobre a Dona Irene, que é a minha amada mulher: ela nem sempre acredita nas coisas que lhe falo. Isso mesmo!!! E uma dessas é até bobinha, como a que vou lhe contar. Eu não bebo, mas nada a ver com questões religiosas. É simplesmente porque eu não suporto o gosto do álcool tocando as minhas sensíveis papilas gustativas.
Pois bem, a minha esposa, capricorniana dessas que desconfia até de si própria, sempre me questionou sobre as fotos do meu antigo jornal “Catraca”, já que sempre aparecia com um copo de cerveja na mão. Cansei de lhe explicar que aquelas fotografias eram apenas publicitárias. Todavia, ela parece que nunca acreditou muito nisso. Ainda mais porque minha mulher, diferente de mim, adora bebidas alcoólicas, inclusive a brasileiríssima cachaça.
Aliás, uma cena bastante comum é quando vamos a um bar ou restaurante, onde a Dona Irene sempre pede uma bebida mais quente, enquanto eu fico, no máximo, numa água com gás. O garçom, invariavelmente, me serve a caipirinha ou outro aperitivo qualquer, enquanto a água borbulhante é posta justamente ao lado da minha amada. Isso mesmo, até o garçom parece duvidar de mim!
E lá estávamos a Dona Irene, meu amigo de longa data, o Johnny, e eu num bar ali na rua Voluntários da Pátria, em Botafogo, justamente o bairro onde nasci, nos divertindo. Tudo lindo e maravilhoso, ainda mais porque estávamos degustando um frango à passarinho, que o Johnny adora. Isso até que surgiu o seguinte diálogo.
– Johnny, o Dudu já bebeu?
– Ele nunca gostou de álcool. Sempre bebeu água ou suco.
– Amorzinho, mas eu já havia te falado isso!
– Ah, mas eu precisava confirmar essa sua história muito mal contada!