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Caixa reduz de novo juros da casa própria

A Caixa Econômica Federal decidiu reduzir a taxa de financiamento da casa própria para pessoa física. A partir do próximo dia 22 o piso passará de 6,5% para 6,25% mais a taxa referencial (TR) ao ano. Ao anunciar a medida, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, fez uma simulação de um financiamento de R$ 200 mil em 30 anos.

Se fosse levada em conta a taxa cobrada em dezembro de 2018, que era a TR mais 8,75%, a prestação inicial estaria em R$ 1.958,48. A partir de agora, será de R$ 1.568,52, queda de 25% em relação à taxa daquele ano. O banco oferece ainda uma linha pelo IPCA mais 2,95% – nesse caso, a prestação seria de R$ 1.040,70, queda de 46% em relação à taxa de 2018.

A Caixa anunciou ainda a renovação da pausa de 6 meses nas prestações da casa própria para contratações até 30 de dezembro deste ano. Essa prorrogação valerá para novos contratos destinados ao financiamento de imóveis novos.

Outra medida anunciada foi o pagamento parcial da prestação para apoiar famílias com dificuldade para retomar o pagamento integral do encargo mensal. Haverá duas possibilidades:

pagar 75% da prestação por até 6 meses
pagar entre 50% e 75% da prestação por até 3 meses

Pedro Guimarães informou que a Caixa Econômica realizará este ano o feirão da casa própria em formato virtual neste mês e novembro por causa da pandemia. Segundo ele, o banco espera atender ao público com as novas medidas anunciadas.

As medidas foram anunciadas após o banco atingir em outubro a marca histórica de R$ 500 bilhões na carteira para o crédito imobiliário. No total, são 5,6 milhões de contratos. O crescimento foi de 13,4% em relação a janeiro de 2019, quando foi alcançado o total de R$ 441 bilhões.

Com esse número, a Caixa tem participação de 69,3% no mercado imobiliário, sendo que para as classes mais baixas, a participação é de 97,4%. Entre janeiro de 2019 e setembro de 2020, foram destinados pelo banco R$ 172 bilhões para o crédito imobiliário, atingindo o total de 2,8 milhões de pessoas.

Em agosto, 44,9% dos contratos de financiamento da casa própria foram feitos por meio dos recursos da poupança (SBPE). Entre janeiro e agosto deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, o aumento na modalidade de empréstimo com recursos da poupança foi de 102,7% – de R$ 14,51 bilhões para R$ 29,4 bilhões.

Entre as razões para esse aumento estão taxas de juros pelo IPCA e uma taxa fixa para o financiamento, implantação da carência de 6 meses para pagamento das prestações por causa da pandemia e financiamento das despesas com cartório e ITBI.

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