Ex-empregado da empresa de marketing digital Yacows, Hans River, intimado a depor na CPI das Fake News, insultou na terça-feira, 11, a jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo. Mostrando o quanto é calhorda (já ameaçou a ex-esposa de morte, segundo ocorrência policial), mentiu descaradamente a deputados e senadores.
No depoimento, Hans disse que a jornalista “queria sair” com ele em troca de informações para uma reportagem. Ao fim da sessão, a Folha de S.Paulo provou, com todas as letras, que Hans é um mentiroso, que merece ser tratado como vigarista.
Mas, o pior estava por vir. O deputado Eduardo Bolsonaro, ou 03, na ordem cronológica do clã bolsonarista, que viu frustrado seu sonho mimado de virar embaixador em Washington, endossou as calúnias de Hans. Ela (a repórter) pode “ter se insinuado sexualmente, como disse o senhor Hans, em troca de informações para tentar prejudicar a campanha( de Bolsonaro)”.
A Folha condenou os ataques à jornalista, afirmando em nota que “repudia as mentiras e os insultos direcionados à jornalista Patrícia Campos Mello na chamada CPI das Fake News. O jornal reagirá publicando documentos que mais uma vez comprovam a correção das reportagens sobre o uso ilegal de disparos de redes sociais durante a campanha de 2018. Causam estupefação, ainda, o Congresso Nacional servir de palco ao baixo nível e as insinuações ultrajantes do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)”.