Bamsi, braço-direito de Ertugrul, atribui ao guerreiro otomano líder do clã Kayi uma frase histórica: ‘Quem sai, sempre tem informações de quem chega’. Teria sido dita a Saadettin Köpek, inimigo público número um do bey, que se viu obrigado a deixar o palácio do sultão turco e retomar a luta em defesa do Islã. Ertugrul enfrentava duas frentes de batalha: de um lado, as cruzadas do papa; de outro, os sanguinários mongóis.
Essa fala histórica foi lembrada na noite de terça, 4, no contexto da intempestiva mudança no comando da Secretaria de Cultura de Brasília. Não se sabe ainda se Bartolomeu, amigo e confidente de Ibaneis de longa data, deixou a cadeira por iniciativa própria, ou foi dela expurgado.
O episódio, porém, trouxe outros personagens à baila. Ressurgiram das sombras os príncipes florentino (de Maquiavel) e dinamarquês (de Shakespeare), criados em fins do período medieval. Ficam evidenciados dois aspectos de que a História se repete: 1) Há algo de podre também no reino da capital; 2) A cidade caminha para uma tragédia política.
A assertiva está no fio do novelo que começou a ser puxado. Aplica-se a teoria do caos que, num efeito borboleta, vai explodir do outro lado da praça, demonstrando que, por mais que se use a força de um escovão, não se faz mágica da ressurreição com a vassoura da Maga Patalójika. É por essas e outras que tem muita gente ganhando dinheiro com o passar da banda na metrópole que é Brasília, enquanto outras, que não estavam à toa na vida, bebem o purgante de um cálice que deveria estar afastado do círculo do poder há muito tempo.