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Desastre anunciado

Carlos perde 30 mil votos e mãe fica em 2 mil

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Autor/Imagem:
Mário Camargo, Edição

Bam bam bam nas redes sociais, Carlos Bolsonaro, o 02, foi reeleito para o sexto mandato na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, mas perdeu cerca de 36 mil votos em quatro anos e o posto de mais votado da cidade, que passou para Tarcísio Motta (PSOL). Carlos teve 70 mil votos; em 2016, ele conseguiu 106 mil eleitores e foi o líder.

A expectativa do clã Bolsonaro era de que Carlos até aumentasse a votação, passando para cerca de 150 mil votos. O número de eleitores do “zero dois” seria uma forma de medir a popularidade da família no seu berço político depois da vitória presidencial.

Mãe de Carlos e primeira ex-mulher do presidente, Rogéria Bolsonaro (Republicanos) fez pouco mais de 2 mil votos e não será eleita, apesar de ter feito campanha com forte presença nas ruas – ao contrário do filho. Essa foi a segunda vez na história que Carlos “derrotou” a mãe. Eles concorreram um contra o outro, por determinação de Bolsonaro, em 2000. Neste ano, contudo, o clima não era de competição, mas de união.

Vereadora eleita em 1992, quando ainda era casada com Bolsonaro, Rogéria se reelegeu quatro anos depois. Em 2000, contudo, já estava divorciada e continuou a usar nas urnas o sobrenome do então deputado federal – mesmo após Bolsonaro tentar impedi-la na Justiça. Como o hoje presidente não a via mais como uma genuína representante dele no Rio, comprou briga: deu a Carlos, que tinha 17 anos, a missão de superar a mãe. E ele conseguiu.

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