Marta Nobre, Edição
O processo de cassação do mandato da deputada distrital Liliane Roriz (PTB), antes abandonado no fundo de uma gaveta, ganhou celeridade nesta segunda, 22, por decisão da Mesa Diretora da Câmara Legislativa.
É mais uma etapa na infindável crise política de Brasília, com os poderes Executivo e Legislativo medindo forças desde a volta do recesso parlamentar, com a caçula do Clã Roriz fazendo o papel de bode expiatório.
Liliane, aliada do Palácio do Buriti, passou a ser vista pela maioria dos colegas como portadora de hanseníase, desde que decidiu gravar e tornar públicas conversas com dirigentes da Casa, supostamente envolvidos em corrupção. Um dos alvos é a presidente Celina Leão, inimiga pública Número 1 do governador Rodrigo Rollemberg e antiga desafeta de Liliane.
Por meio do ato publicado no Diário da Câmara Legislativa, a Mesa Diretora acata o recebimento da representação por quebra de decoro parlamentar contra Liliane Roriz, até a semana passada vice-presidente da Casa. A denúncia contra a parlamentar foi apresentada pela ONG Adote um Distrital.
Em parecer aprovado pela Mesa Diretora, a procuradoria geral da Câmara recomenda o andamento do processo contra a deputada. Com isso, o caso segue para o corregedor, deputado Rafael Prudente (PMDB), que terá que notificar a distrital para prestar esclarecimentos no prazo de 10 dias úteis, conforme determina o Regimento.
Após esse prazo, o corregedor proferirá parecer prévio opinativo à Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar, no prazo de 15 dias úteis. Em seguida, a comissão inicia a análise do caso.