Desrespeito à sociedade. Essa é uma situação comum em períodos eleitorais, especialmente em cidades menores, onde as campanhas se tornam eventos quase inescapáveis. O caso de Lula Cabral, candidato a prefeito de Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, é um exemplo gritante do quanto a política local pode invadir a privacidade e a tranquilidade dos moradores.
O abuso de carros de som, com jingles eleitorais repetidos em volume excessivo, transforma o ambiente em um verdadeiro caos. O som estridente não respeita nem o horário de descanso, afetando principalmente famílias com bebês e crianças pequenas, cujas rotinas de sono são facilmente perturbadas.
É um cenário em que o marketing eleitoral se sobrepõe à empatia e à convivência comunitária. Para muitos candidatos, o poder do barulho parece ser a principal ferramenta de persuasão, esquecendo-se de que uma campanha feita de forma respeitosa pode trazer mais votos do que o incômodo causado por decibéis desnecessários.
Fica claro que a legislação que regula a propaganda eleitoral, mesmo existindo, é pouco respeitada ou fiscalizada em muitos casos. A esperança é que, com o tempo, os eleitores se tornem mais críticos a essas práticas invasivas, punindo com o voto os candidatos que não respeitam a tranquilidade da comunidade. Lula Cabral até pode ser eleito, mas terá uma banda puxada por trombones diuturnamente na frente da prefeitura.