Ainterferência da China nos assuntos religiosos do Tibete poderá provocar o fim da tradição de séculos da escolha do Dalai Lama
O Dalai Lama, líder espiritual do Tibete, defendeu em uma entrevista à BBC a ideia de ser o último a ocupar a posição.
Lhamo Dondrub, de 79 anos, indicou no programa Newsnight que defendia o fim de uma tradição de séculos em decorrência da interferência chinesa nos assuntos religiosos da sua região autônoma.
De acordo com a tradição do budismo, o Dalai Lama é a própria reencarnação de Buda. A tradição tibetana determina que o sucessor dele seja o Panchen Lama, uma espécie de vice-líder escolhido ainda quando criança.
Porém, Pequim já disse diversas vezes nos últimos anos que escolherá o sucessor de Dondrub.
“Não há garantia de que meu sucessor não será uma pessoa estúpida e que vai cair em desgraça”, afirmou o monge budista na entrevista à BBC.
“Isso seria muito triste. Sendo assim, uma tradição de séculos deveria acabar num momento em que ainda é popular.”