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Cão que late morde e ressuscita em tirinhas

Talvez você seja desses que acham que a inteligência é algo exclusivo dos seres humanos. Tenho um amigo, o Almeidinha, que também diz que os animais não pensam. Desculpe desapontá-lo, mas se você é como o Almeidinha, afirmo com certeza que está errado, especialmente se formos olhar para o protagonista desta história.

Pois bem, ele é tão especial, que no dia em que surgiu nas páginas de um antigo jornal carioca, Catraca, virou parte do asfalto da avenida Nossa Senhora de Copacabana, como você pode constatar olhando a tirinha acima. Morreu! Mas ressuscitou, na edição seguinte, como pode ser facilmente comprovado observando o quadrinho abaixo. Seu nome? Adamastor.

Pois é, a existência do Adamastor foi demonstrada. Qualquer juiz bateria o martelo a favor das palavras ditas acima. Agora, vou lhe contar uma história que, até onde sei, ainda não foi publicada em nenhum lugar. Na verdade, até posso afirmar isso, pois eu sou o criador desse vira-lata que nasceu no longínquo ano de 1993, ali na rua Voluntários da Pátria, no bairro de Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro.

O Adamastor realmente foi criado em Botafogo, mas a primeira história dele quase aconteceu comigo, quando eu estava caminhando para o meu então trabalho, na antiga agência do Banco do Brasil chamada Figueiredo Magalhães, em Copacabana. Lá ia eu andando pela calçada, quando, de repente, surgiu uma escada na minha frente. Eu, como todo botafoguense que se preze, não passo debaixo de escada nem que a vaca tussa.

Pois bem, eu me desviei da dita cuja e entrei bem rapidinho na pista, quando veio um ônibus e quase me atropelou. Tomei um susto daqueles, mas logo comecei a rir sozinho, enquanto as pessoas me olhavam, talvez imaginando que eu fosse louco. Foi naquele exato momento que tive a ideia do primeiro quadrinho do Adamastor.

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