Moradores do Distrito Federal reclamam de falta de seringas e agulhas para crianças na rede pública de saúde. De acordo com a Secretaria de Saúde, o tipo de agulha indicada para bebês está em falta há mais de um mês.
Porém, como há estoque de seringas para adultos, a alternativa é usá-las, porque podem ser usadas também em crianças, sem prejuízo, afirma a secretaria. No entanto, mães relatam que o furo feito pela agulha na pele dos filhos fica muito maior do que o normal, conforme informa o G1.
O problema foi identificado no Centro de Saúde 12 de Ceilândia, no centro 7 de Taguatinga, e no Centro de Saúde 7 de Taguatinga, no Distrito Federal. A pasta informou que seringas menores devem chegar nos próximos dias, mas não deu uma data exata. Segundo a secretaria, a compra do insumo é de responsabilidade do Ministério da Saúde.
Mãe de João Miguel, a balconista Jéssica da Silva enfrenta dificuldade em vacinar o filho de 2 meses. O cartão está praticamente vazio, sem as doses exigidas contra rotavírus, meningite e pneumonia. É a quarta vez que ela tenta imunizar a criança.
A filha de Rose Araújo nasceu prematura de 31 semanas e precisa tomar três vacinas, mas a autônoma relatou que não conseguiu com que aplicassem as injeções. Sem paciência para esperar o material chegar, a dona de casa Ana Lúcia de Oliveira decidiu comprar a agulha para não atrasar mais ainda as vacinas da filha. Ela disse ter gasto R$ 4,50 em três agulhas e seringas.
Mesmo assim, Ana Lúcia não conseguiu fazer com que a filha fosse atendida.
O problema é que os pais não têm informação no posto sobre o número, o nome e tipo de agulha certos para bebês. À reportagem, a Secretaria de Saúde informou que a seringa para adultos é de medida 20 por 5.