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Cariocas começam a sair em grupos com medo da violência que está na rua

Os relatos de roubos, furtos e assaltos fazem parte do cotidiano da população do Rio de Janeiro há muito tempo. A cidade já viveu inúmeras ondas de violência, simbolizadas por casos de grande repercussão, como o do médico cardiologista Jaime Gold, 56, morto por ladrões a golpes de faca quando pedalava pela ciclovia da Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul, no dia 19 de maio.

O uso de objetos cortantes em ações criminosas criou um clima de pânico nas ruas do Rio. Na maioria das abordagens, o alvo é o aparelho celular da vítima. Dados do ISP (Instituto de Segurança Pública) mostram que, em um ano, o roubo de telefone móvel cresceu 62,3%. Assustados com esse cenário e descrentes em relação à atuação do poder público, trabalhadores, comerciantes, estudantes e outros cidadãos comuns têm buscado meios de autodefesa.

Há relatos de pessoas que compraram equipamentos não letais –como spray de gengibre (que tem efeito mais fraco em comparação com o de pimenta) e aparelhos de choque. Também há indivíduos que, principalmente à noite, só andam em grupos no trajeto entre o trabalho ou instituição de ensino (colégios, universidades etc.) e o ponto de ônibus, estação de metrô e outros locais de acesso ao transporte público.

Nas redes sociais, internautas estão criando grupos para troca de informações e denúncias sobre assaltos. No dia 10 de junho, reportagem do UOL mostrou que a Polícia Militar vem utilizando mensagens publicadas no Facebook para traçar novas estratégias de policiamento. Já no centro da cidade, por exemplo, é possível almoçar e ser escoltado por um segurança do restaurante no caminho de volta ao local de origem.

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