Marta Nobre
A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal, proferiu o voto de minerva e manteve validação da prisão dos réus condenados em segunda instância. Até então, o placar estava 5 a 5. Se o recurso apresentado por um grupo de advogado de acusados na Lava Jato fosse aprovado, a soltura seria imediata e até Lula sairia da alça de mira de Sérgio Moro.
Votaram pela manutenção das prisões em 2ª instância, além de Cármen Lúcia, os ministros Teori Zavascki, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Gilmar Mendes, e os demais (Marco Aurélio, Rosa Weber, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello) pela liberdade de condenados em segunda instância.
O julgamento foi acompanhado no plenário da Corte por uma claque de advogados criminalistas – grande parte atua para empresários ou políticos na Operação Lava Jato. A decisão do STF no início do ano gerou ampla reação no meio jurídico, o que fez com que duas ações questionassem o tema na Corte. O julgamento das ações, propostas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelo Partido Ecológico Nacional (PEN), teve início em setembro, com voto do relator, ministro Marco Aurélio, e foi concluído nesta quarta-feira.